Há um dito popular de que o “derriere” das mulheres é a paixão dos brasileiros. Devo concordar, mas acrescento o futebol a esta paixão. O brasileiro é apaixonado por futebol. Mesmo quem nunca jogou uma peladinha sequer dá pitacos na escalação do seu time, na melhor tática de jogo. Uns mais, outros menos, mas de certa forma todos tem certa paixão pelo esporte bretão.
Só assim se explica as loucuras que muitos fazem pelo seu time. Como a recente invasão de corintianos no Japão. Gente que vendeu carro, moto, fez acerto na empresa em que trabalha para garantir a passagem para a Terra do Sol Nascente. Cada time de futebol tem o seu bando de loucos. Grêmio, Inter, Palmeiras, Flamengo, Bahia… Cada louco com a sua mania.
Vez por outra estamos à volta com discussões em torno do melhor time, da melhor seleção, do melhor jogador. E quase sempre não há consenso. Por esses dias a FIFA anunciou o melhor jogador do ano passado. Uns apontavam Messi, outros apostavam em Iniesta ou Cristiano Ronaldo. Havia até quem acha que é Neymar, que ficou fora da tríade de craques. Deu o argentino.
Uma das mais latentes discussões sobre o tema envolvem dois países onde se pratica o bom futebol e já deu vários craques para o esporte em todo o mundo. Brasileiros e Argentinos vivem a debater qual teria sido o melhor jogador de todos os tempos. Os brasileiros dizem que é Pelé, mas os argentinos cravam que é Maradona. No tempo presente surgiu um baixinho chamado Lionel Messi para embaralhar a refrega que, tal qual uma luta de boxe, só tinha dois competidores no ringue. Há quem aponte Messi melhor que ambos por conta dos recordes que vem quebrando no futebol anos após ano. Já por outro lado os números de Pelé provavelmente jamais serão superados por Messi. E nem o foi por Maradona. Foram mais de mil gols, três títulos mundiais em Copa do Mundo e dois títulos mundiais por clube. Para ficar nos mais importantes. Messi nunca ganhou uma Copa e a torcida é para que ele não ganhe a próxima no Brasil em 2014 quando terá 27 anos. Em 2018 já será veterano. Sua chance, portanto, de ganhar uma Copa do Mundo será no Brasil.
Como todo brasileiro tenho minha opinião sobre essa questão de quem foi ou é o melhor do mundo. Nunca vi o Pelé jogar. Na memória apenas flashes das poucas imagens que restaram de sua vitoriosa carreira. Portanto, não tenho ferramentas para medir se ele foi o melhor do mundo, como podem outros cronistas mais antigos que o viram em ação. Maradona eu vi e Messi eu vejo. Não tenho nenhum problema em admitir que para mim eles sejam os melhores. Como também não tenho nenhum problema em respeitar a opinião de quem acha que foi Pelé.
Futebol é paixão sem consenso. Portanto, cada um fique com o seu melhor, ou melhores. Na torcida para que o futebol continue nos presenteando com foras de séries, seja argentino, brasileiro, inglês, português ou espanhol. E que se dane o consenso!
POR: VITOR PANIAGUA.
REDAÇÃO HOJERONDONIA.COM