O governador Confúcio Moura (PMDB) exonerou o delegado Marco Barp de Almeida, do cargo de delegado titular de Gujará-Mirim, conforme publicado no diário oficial do último dia 02/09. A perda da função de titular da Polícia Civil na Pérola do Mamoré ocorreu após Marco Barp ter se envolvido em uma confusão com um radialista.
Segundo a ocorrência, o diretor da Rádio Educadora, Ivan, acinou a Polícia Militar alegando que estava sendo perseguido por uma pessoa que conduzia um veículo de cor preta, com placas NOV 4188, de Manaus (AM). De acordo com o diretor da Rádio, o condutor do veículo empunhava uma arma de fogo e aparentava visível estado de embriaguez alcoólica.
Rapidamente a viatura CPL-084 foi enviada ao local, na Avenida 15 de Novembro, nas proximidades da Câmara Municipal de Vereadores de Guajará-Mirim.
Várias buscas foram feitas, mas nenhum suspeito foi localizado, porém aproximadamente uma hora depois a Central de Operações recebeu mais uma ligação, desta vez anônima. A pessoa que não quis se identificar informou à Central que o suspeito estava com um veículo, de cor preta, parado em frente a uma residência na Avenida 1º de Maio, entre as Avenidas Marechal Deodoro e Cândido Rondon, no Bairro São José.
Quando a Guarnição chegou ao local deparou-se com um cidadão dormindo ao volante do veículo, os policiais então tentaram acordar o condutor, mas este logo tentou ligar o veículo e na tentativa de sair em fuga estancou o carro.
Neste momento os policiais militares pediram para que o suspeito desligasse e saísse do interior do automóvel, o que ele não fez, causando suspeita de perigo aos PMs, tento em vista que o homem já havia empunhado uma arma de fogo, uma pistola de cor prata.
Diante disso os policiais sacaram a arma, pediram que o homem largasse a pistola e se identificar. Ele não se identificou, disse que não largaria a arma e que se os policiais militares quisessem atirar que atirassem, pois ele não tinha medo de morrer e era muito homem.
Diante de tantas insistências o homem, ainda no carro, jogou a arma no banco traseiro e disse que era delegado de Polícia em Guajará-Mirim. Os policiais então solicitaram sua carteira funcional para que ele comprovasse o que estava dizendo, mas o delegado demonstrava-se cada vez mais exaltado e a todo tempo destratando a guarnição policial de serviço.
Como não localizou sua carteira funcional o delegado acabou por apresentar sua Carteira Nacional de Habilitação, na carteira constava o nome de Marco Barp de Almeida, como ele é recém chegado na cidade e os policiais não o conheciam foi feito contato com a Delegacia Regional da Polícia Civil para verificar a veracidade da identificação apresentada, o que foi confirmada pelo comissário de plantão, Walmir Ardaia de Souza.
Enquanto a viatura da polícia civil não chegava ao local os PMs verificaram que o delegado aparentava visível estado de embriaguez alcoólica e muita sonolência.
SURTO
De acordo com os policiais antes da viatura da Policia Civil chegar ao local dos fatos, o delegado Marco tomou uma atitude inesperada, de imediato passou a gritar que os PMs podiam lhe matar, colocou as mãos na nuca se ajoelhou e novamente gritou dizendo: “Querem me matar? Podem atirar, atirem bem na cabeça, pois não tenho medo de morrer e sei que você já matou muitos”, disse referindo-se ao aluno a cabo da PM, Wilmar do Nascimento Lima.
Minutos depois chegou ao local à viatura da Polícia Civil, composta pelos agentes Rubens e Evaristo, neste momento, segundo consta no Boletim, o delegado passou a se exaltar novamente, proferindo palavras de baixo calão e ameaçando os PMs, dizendo que nunca mais eles tocariam a mão nele e em seguida, num ato inesperado, investiu contra a guarnição de serviço, sendo contido pelos próprios agentes da Polícia Civil.
DECRETO DE 25 DE AGOSTO DE 2011.