Quilombo


Conselho Estadual de Saúde também diz ser contra terceirizar serviços do SUS em Vilhena, RO

Município está em estado de emergência em saúde desde 24 de janeiro. “A saúde terceirizada e complementar deve ser em caráter excepcional, e não completa, como está acontecendo”, diz conselho. Conselho Estadual de Saúde se posiciona contrário a terceirização da saúde em Vilhena

O Conselho Estadual de Saúde também se manifestou contra a decisão do prefeito Flori Cordeiro, de Vilhena (RO), em terceirizar os serviços da saúde municipal. Desde o dia 24 de janeiro, o município está em estado de emergência em saúde.

Nesta segunda-feira (6), o presidente Conselho Estadual falou sobre a situação de Vilhena e explicou o motivo do colegiado não concordar com a medida do executivo.

“O Conselho é contra o que está acontecendo no município, com a terceirização. Sabemos que essa é uma situação extremamente contrária às leis vigentes no país, onde a saúde terceirizada e complementar deve ser em caráter excepcional, e não completa, como está acontecendo em Vilhena. Bem como a importância das políticas públicas do SUS e a defesa dessas políticas do controle social”, disse Robinson Machado, presidente do colegiado estadual.

A Santa Casa de Misericórdia de Chavantes assumiu a gestão da saúde em Vilhena após o prefeito decretar estado de emergência na saúde, em janeiro.

Segundo apurou a Rede Amazônica, as equipes médicas e de enfermagem da entidade já estão atendendo nas unidades hospitalares.

Além disso, a Santa Casa também assumiu os atendimentos do Instituto do Rim, após o prédio passar por reformas.

O Instituo do Rim recebeu 36 novas máquinas de hemodiálise, duas máquinas de osmose e outras trinta e cinco poltronas.

Na semana passada, o Conselho Municipal de Saúde também votou contra a decisão do prefeito em terceirizar os serviços da saúde.

Entenda o caso da terceirização

No dia 24, o delegado e prefeitura de Vilhena, Flori Cordeiro, assinou um decreto de estado de emergência em saúde pública.

Fique por dentro: entenda os motivos que levaram a prefeitura decretar estado de emergência em saúde pública

A administração apontou falhas na gestão anterior e também notou que “quase todos os serviços prestados à população [é oferecido] de forma insatisfatória, e em alguns casos, omissa”.

Por isso, foi criado o Comitê de Reestruturação e Monitoramento. Os principais motivos dessa decisão foram os problemas expostos pela Secretaria Municipal de Saúde, como:

  • O número elevado de pacientes aguardando atendimento médico especializado,
  • O surto de dengue que a cidade enfrenta,
  • O desvio de funções de profissionais dentro da área da saúde, e
  • A situação dos equipamentos das unidades.

Depois disso, a Secretaria Municipal informou a descoberta de um rombo de mais de R$ 50 milhões no orçamento no último dia 26 de fevereiro.

O documento da prefeitura também criou um Comitê de Reestruturação e Monitoramento, integrado pelo prefeito, e representantes da procuradoria geral, secretarias de saúde e assistência social e do Conselho Municipal de Saúde.

Fonte: Por g1 RO


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