Batelão do Divino Espírito Santo foi recepcionado pela comunidade de Pimenteiras e região

Centenas de pessoas foram às margens do Rio Guaporé para recepcionar a Coroa, Cetro Bandeira e Mastro do Divino Espírito Santo

A prefeita de Pimenteiras Valéria Aparecida Marcelino Garcia (UB), acompanhada de secretários municipais e vereadores do município, recepcionou a chegada do Batelão do Divino Espírito Santo, nesta segunda-feira, (10) e participa das comemorações do 126ª Edição da Festa do Divino Espírito Santo, realizada em Pimenteiras, no Vale do Guaporé.

O Município de Pimenteiras do Oeste/RO; mas uma vez recebeu nesta segunda-feira (10-04) a Coroa do Divino Espírito Santo. A tradição ocorre no Vale do Rio Guaporé e Mamoré e tem como coordenação a irmandade do Divino.

O Batelão do Divino Espírito Santo, composto por remadores, meninos cantores, mestre violeiro, caixeiro, sendo o responsável pela coroa e o capitão da embarcação, o Batelão chegou a Pimenteiras às 09:30 horas no Porto Oficial, seguindo até a Igreja. Centenas de devotos se deslocaram de suas cidades até Pimenteiras. “Muitos, ao verem a proximidade do Batelão do Divino Espírito Santo com seus remadores chegando à cidade”, exclamou uma devota do Divino.

A Romaria do Divino Espírito Santo, chegou no município nesta segunda-feira dia (10/04) às 09:30 horas e permanece até o dia de quinta-feira (13/04), saindo na quinta-feira por volta de meio dia, com destino a Pousada de Renato. A Festa só alcança o ápice, quando o Batelão do Divino Espírito Santo chega ao município de Costa Marques, que vai realizar a festa. A Coroa e o Mastro chegam a Costa Marques às 16 horas do dia 22/05 e permanece a festa até o dia 28/05 dia de Pentecostes.

A Romaria do Divino Espírito Santo acontece anualmente no interior do estado de Rondônia, especificamente no Rio Guaporé e Rio Mamoré. Esta peregrinação fluvial tem a missão de visitar todas as localidades da região do Vale do Guaporé e Mamoré, são 50 dias de grande festa religiosa, feita com muita fé e devoção. Os festejos envolvem uma grande quantidade de pessoas e existe uma estrutura de barcos e um pessoal específico para cumprir com a missão. Todos os custos são financiados pelos fiéis, através de uma junta administrativa. Este trabalho é uma descrição etnográfica da jornada do Divino ocorrida entre o mês de abril e mês de maio. Desenvolvidas em diálogo com outras etnografias e trabalhos teóricos.

A Festa do Divino Espírito Santo no Rio Guaporé e Mamoré é o segundo festejo religioso mais antigo da Amazônia, superado apenas pelo Círio de Nazaré, em Belém do Pará. Ao contrário de similares que acontecem em vários estados brasileiros, no Guaporé e Mamoré não existe cavalhada ou luta entre “mouros” e “cristãos”, sendo o deslocamento feito todo por via fluvial.

Trazida da região de Cuiabá em 1894, a Festa do Divino visita as comunidades brasileiras e bolivianas ao longo dos Rios Guaporé, Mamoré e Paraguá. Na década de 1930 as celebrações foram normatizadas pelo bispo Dom Francisco Xavier Rey, e a sede da Irmandade do Espírito Santo.

O Barco do Divino leva dentro a Arca contendo a Coroa, a Bandeira, as Toalhas do altar e os livros de Ata. Após o encarregado da Coroa receber a arca, o Barco do Divino inicia sua peregrinação ao longo do rio Guaporé e Mamoré, por cinqüenta dias, até o final da Festa, colhendo óbolos entre os ribeirinhos, o Final da Festa dá-se no dia de Pentecostes.

Ao aproximar-se de cada povoação, o Barco do Divino anuncia a sua chegada através de ronqueira (artefato confeccionado em madeira com um cano de ferro por onde é introduzida a pólvora), três buzinadas em chifres de bois, e mais próximos, os remeiros entoam cânticos de chegada e fazem a “meia Lua”, em frente ao porto, que consiste em três voltas circulares com o barco, antes de aportar. As remadas são cadenciadas e os romeiros espargem água para o alto entre uma remada e outra. O Caxeiro inicia o toque do Tarol.

Fonte: Por Redação do Hoje Rondônia

Foto: Divulgação

 

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