O seguro Patrimonial, que congrega os seguros Residencial e Condomínio, foi destaque com alta de 99,3% e arrecadação de R$ 35,9 milhões
O mercado segurador rondoniense experimentou alta na procura pelos produtos de seguro no acumulado de janeiro a junho de 2023, se comparado com o mesmo período de 2022. Segundo levantamento produzido pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), divulgado durante Encontro Setorial do Norte, realizado na última semana em Belém (PA), o estado teve uma arrecadação de R$ 737,7 milhões, crescimento de 13,1%, desconsiderando Saúde e DPVAT. O evento foi promovido em parceria com o Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindsegnne).
Se comparado com o mesmo período de 2022, Danos e Responsabilidades foi um dos segmentos com avanços mais expressivos, com destaque para o Patrimonial, que congrega os seguros Residencial e Condomínio, que teve alta de 99,3% e arrecadação de R$ 35,9 milhões; e o Rural com crescimento de 20,4%, alcançando R$ 55,6 milhões. Vale ressaltar que o seguro Viagem apresentou um avanço de 92,4%, com de R$ 210 mil arrecadados.
Em paralelo, o setor segurador do estado retornou ao segurado mais de R$ 178 milhões em indenizações, benefícios, resgates e sorteios. O produto que mais pagou no período foi o Automóvel, superando R$ 49,5 milhões, e a Capitalização, que teve mais de R$ 67 milhões em resgates/sorteios.
Outras iniciativas do mercado segurador
Para o presidente Sindsegnne, Ronaldo Dalcin, o encontro promovido faz parte do projeto de aproximação da CNseg e do sindicato com o mercado segurador de todo o Brasil. “Além disso, uma das metas que temos enquanto sindicato é também de propagar de forma ampla e contínua o Plano de Desenvolvimento do Mercado Segurador. Temos uma expectativa grande para este encontro e que ele se torne um promotor deste plano que tem metas ousadas para alçar o mercado segurador a um patamar muito maior do que aquele em que já estamos hoje”, complementa Dalcin.
O Plano citado pelo presidente do Sindsegnne foi um dos tópicos abordados durante o Encontro Setorial. Também conhecido como PDMS, ele define os quatro eixos de trabalho que irão balizar as ações da indústria seguradora até 2030, tanto no âmbito do setor público quanto no privado, com o objetivo de aumentar em 20% a parcela da população atendida pelos diversos produtos do mercado, além de elevar o pagamento de indenizações, benefícios, sorteios, resgates e despesas médicas e odontológicas dos atuais 4,6% do PIB para 6,5% do PIB.
Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, estima que, como consequência da implementação do Plano, em termos de receita, o mercado atinja 10% do PIB nacional em 2030. “O Plano foi criado a partir da percepção de que o setor pode gerar mais reservas para a poupança nacional e direcionar mais recursos para importantes projetos nacionais, ao apoiar iniciativas públicas e privadas. Assumimos riscos das mais diversas atividades econômicas e oferecemos proteção aos indivíduos e às empresas”, ressalta Oliveira.
O presidente da Confederação também fez um alerta sobre a atuação das Associações de Proteção Veicular (APVs) no Brasil, destacando que esse modelo de negócios representa perda fiscal de R$ 1,2 bilhão ao ano e é um risco para a sociedade. “O avanço das entidades mútuas representa um retrocesso, não só porque concorrem de forma desleal no mercado formal de seguros, mas também porque, sem fiscalização, podem transformar em pó a poupança de milhares de consumidores atraídos por benefícios que não serão concedidos”, reitera Oliveira.
Na ocasião, também foram lançados o novo hub de conteúdos da CNseg, o Notícias do Seguro, que surge com o objetivo de compartilhar informações fundamentadas do setor segurador para público em geral; e a plataforma Encontre Seu Seguro, ferramenta que visa contribuir com a tomada de decisão do consumidor, além de agilizar a rotina de cotações e pesquisas do corretor para seus clientes.
Fonte: Nathalia | Voz Comunicação