Réu foi submetido a júri popular por feminicídio, estupro, fraude processual e ocultação de cadáver. Julgamento do caso Laryssa Victória — Foto: Juliana Santos/Rede Amazônica
Ronaldo dos Santos Lira começou a ser julgado nesta quinta-feira (19) pela acusação de matar a adolescente Laryssa Victória e enterrar o corpo dela no próprio quintal. O réu foi submetido a júri popular por feminicídio, estupro, fraude processual e ocultação de cadáver.
O júri começou por volta de 8h30 na 1ª Vara Criminal da Comarca de Ji-Paraná e o Tribunal de Justiça estima que a sentença deve sair apenas na madrugada de sexta-feira (20).
Ao menos quatro testemunhas de acusação foram ouvidas durante o dia e nesta primeira etapa do júri não foi apresentada testemunha de defesa. O júri é composto por sete jurados.
Inicialmente o julgamento deveria acontecer em Ouro Preto do Oeste (RO), onde Laryssa foi morta. No entanto, a defesa do réu pediu desaforamento (mudança de comarca).
O pai de Laryssa foi o primeiro a sentar na cadeira de testemunhas. Muito abalado e chorando, ele contou que descobriu que a filha estava morta por meio de ligação.
“Tá em casa Carlão? Tenho uma má notícia pra te dar, acharam ela. Ela tá morta”.
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Laryssa Victória, de 17 anos, é encontrada morta e enterrada em quintal da casa de suspeito, em Ouro Preto, em RO — Foto: Facebook/Divulgação
O delegado responsável pela investigação do caso, Niki Locatelli, também prestou depoimento. Ele contou que a faca utilizada para matar Laryssa foi encontrada no fundo de uma fossa. Os agentes utilizaram um imã em uma corda para conseguir recuperar o objeto.
O delegado também falou sobre a confissão de Ronaldo à polícia e o comportamento do réu.
“Mas a todo tempo, eu tenho que deixar claro, ele tinha consciência da ilicitude. Ele tinha consciência plena, ele falou isso no interrogatório, que sabia que o que estava fazendo era errado. Disse inclusive, que não se arrepende”, relatou.
Um outro agente que participou da investigação foi ouvido em seguida. Depois dele, outra testemunha foi chamada para prestar depoimento e neste momento Ronaldo foi retirado da sala porque a testemunha disse se sentir incomodado com a presença do réu.
Depoimento do réu
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Julgamento do caso Laryssa Victória em Rondônia — Foto: Juliana Santos/Rede Amazônica