Suspeita é que a mulher ofereceu o alimento envenenado para o marido e os animais também ingeriram. Perícia feita nos animais, por um médico veterinário, constatou o envenenamento. Mulher (de cinza) foi presa por suspeita de matar o marido envenenado em RO — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Uma mulher de 52 anos foi presa nesta segunda-feira (27) por suspeita de matar o marido de 71 anos com veneno na comida na zona rural de Cerejeiras (RO), a 800 quilômetros da capital, Porto Velho. O crime foi descoberto depois que os animais da família, um gato e um cachorro, foram encontrados mortos com sinais de envenenamento.
O crime aconteceu há quase dois meses e era tratado, inicialmente, como morte suspeita. A Polícia Civil começou a desconfiar de um possível homicídio depois que familiares da vítima informaram que os animais de estimação foram encontrados mortos. Uma perícia feita nos animais por um médico veterinário constatou o envenenamento.
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Gato e cachorro encontrados mortos ajudaram polícia a descobrir homicídio em Cerejeiras, Rondônia — Foto: Reprodução
Segundo a polícia, a cena do crime foi alterada para aparentar uma morte natural. No quarto do casal, por exemplo, os policiais encontraram uma “secreção” que aparentava ser vômito, mas já estava “seco” e coberto por um tapete.
Na sequência, o exame toxicológico realizado com o conteúdo estomacal coletado no corpo do idoso revelou a presença da substância tóxica “terbufós”, que é utilizada como inseticida e nematicida, um dos componentes do veneno mais conhecido como “chumbinho”.
A suspeita é que a mulher ofereceu o alimento envenenado para o marido e os animais também ingeriram. Segundo a polícia, o idoso chegou a ser socorrido, mas morreu logo após dar entrada no hospital.
A mulher foi presa durante a operação Viúva Negra, deflagrada pela Polícia Civil com o objetivo de cumprir um mandado de prisão e quatro mandados de busca e apreensão. Ela deve ser indiciada por homicídio qualificado, com motivo torpe e emprego de veneno. A polícia investiga a motivação do crime.
Fonte: Por Jaíne Quele Cruz, g1 RO