Empresários foragidos após cancelamento de formaturas fizeram mais de mil vítimas e planejaram golpe para fugir do estado, diz polícia


Empresa encerrou as atividades em janeiro deste ano, alegando problemas financeiros. Nesta terça-feira (20), o casal foi alvo de uma operação da Polícia Civil, mas não foram localizados. Casal de empresários Márcio Júnior Alves do Nascimento e Eliza Severino Da Silva são investigados por golpes contra estudantes de MT — Foto: Reprodução

A Polícia Civil estima que o casal de empresários Márcio Júnior Alves do Nascimento e Eliza Severino Da Silva, responsáveis pela empresa Imagem Serviços de Eventos, que cancelou diversas festas de formatura em Mato Grosso, fizeram mais de mil vítimas, segundo o delegado responsável pelo caso, Rogério da Silva Ferreira.

Nesta terça-feira (20), Márcio e Eliza foram alvos de uma operação da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá. Eles não foram localizados e agora são considerados foragidos da Justiça.

Até a publicação desta reportagem, 250 boletins de ocorrência foram registrados, segundo a Polícia Civil. Em alguns deles, há relatos de mais de uma vítima, com casos que reúnem até 20 estudantes em um único boletim.

g1 entrou em contato com a defesa dos investigados, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Ainda de acordo com o delegado, os empresários teriam planejado o golpe com antecedência, pois já sabia que a empresa seria fechada, mas precisava arrecadar dinheiro para deixar o estadoUm dia antes do encerramento das atividades, chegaram a fechar contratos, mesmo cientes de que a empresa estava prestes a encerrar as operações.

“As investigações apontam que, uma vez cientes que as empresas seriam fechadas no começo de 2025, eles planejaram com antecedência e esse planejamento visou obter um maior valor possível em prejuízo das vítimas”, disse.

Os suspeitos são investigados por crime contra o patrimônio, crime contra as relações de consumo e associação criminosa, com penas que podem chegar aos 13 anos de prisão e multa.

O que disseram os estudantes

Estudantes da 15° turma de medicina da Universidade Estadual de Mato Grosso, em Cáceres. — Foto: Reprodução

Estudantes da 15° turma de medicina da Universidade Estadual de Mato Grosso, em Cáceres. — Foto: Reprodução

 

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