Cautela
Apesar de ter sido aprovado no Senado as alterações na contagem de prazos da Lei da Ficha Limpa, o que, em tese, favorece o ex-governador Ivo Cassol, ele optou por não fazer alarde sobre o tema. Em postagem em seu Instagram pessoal, o italiano foi cauteloso, “Sobre as eleições do próximo ano, esse será um debate para o momento oportuno, ouvindo pessoas e partidos, sempre com responsabilidade de prometer e cumprir.”
“Um pipoco”
Em conversa com a coluna PAINEL POLÍTICO nesta quarta-feira, o ex-governador e ex-senador afirmou que ‘não está dando conta de tantas ligações que vem recebendo desde ontem’. Cassol revelou que não fez nenhum movimento no sentido de pressionar a aprovação das novas regras, ‘não fui a Brasília, não falei com ninguém, apenas deixei o barco correr‘. Disse também que vai aguardar a sanção presidencial ‘precisamos ver o texto final, o que Lula vai vetar (se vai), e a partir disso, vou avaliar. Mas está um pipoco, o telefone não para‘.

Projetos pessoais
Cassol também revelou que está envolvido na construção de uma nova usina de energia elétrica, de 30 megas, e tem se dedicado a isso, ‘tô fazendo o que gosto de fazer, e tenho me dedicado a esse projeto, mas ao mesmo tempo sigo conversando com meu grupo, e estou ouvindo todos‘. O italiano está atualmente filiado ao PP, que formou federação com União Brasil, mas ele afirmou que pretende primeiro ver o texto final das alterações para poder falar sobre questões partidárias, ‘não quero fazer nada com pressa ou afobado. Vou aguardar o desfecho para decidir sobre o futuro político”, concluiu.
Liderança de peso
Caso os planetas se alinhem e tudo dê certo para o ex-governador, ele tem tudo para embolar o cenário eleitoral de 2026. Sondagens que incluem seu nome, o colocam entre os primeiros na disputa, sem contar que ele tem o apoio declarado de pelo menos dois senadores de peso, Marcos Rogério e Jaime Bagattoli, ambos do PL. Rogério já declarou que caso Cassol esteja apto, ele apoiaria a candidatura do italiano ao governo, e Bagattoli, mesmo votando contrário as mudanças na contagem de prazos da lei, também apoiaria Ivo Cassol ao governo.
Na dianteira
O Rondoniaovivo divulgou nesta quarta-feira, sondagem eleitoral onde foram ouvidos 1700 eleitores em 38 municípios de Rondônia durante os dias 21 de julho e 15 de agosto com margem de erro é de 2,5 pontos e intervalo de confiança de 95% feita pelo IHPEC. Na pesquisa, Cassol desponta até mesmo na sondagem espontânea (onde nomes não são apresentados ao eleitor) e Cassol surge com 11,9% das intenções, ficando atrás apenas do expressivo número de indecisos (75,4%). Marcos Rogério aparece com 5,5% e Adailton Fúria com 3,8%, enquanto os demais nomes mal ultrapassam a casa de 1%.
Cenários
Na simulação com Cassol, Marcos Rogério, Adailton Fúria, Hildon Chaves e Sérgio Gonçalves, o ex-governador lidera com 35,9%, seguido de Rogério com 26,7% e Fúria com 15,5%. O índice de indecisos ainda é significativo (15,6%). Ao retirar Adailton Fúria e incluir o deputado federal Fernando Máximo, os números mostram um movimento relevante: Cassol sobe para 43,8%, ampliando a distância sobre Rogério (23,5%). Fernando Máximo aparece com 15,5%. Sem Fúria e Rogério, Cassol dispara para 47,6%, enquanto Máximo ocupa a segunda posição com 27,3%. A soma dos demais nomes não ameaça a dianteira, e com a redução dos indecisos (15,8%), Cassol se aproximaria de uma vitória em primeiro turno. A sondagem mostra que o italiano está baleado, mas longe de ser um defunto político.
Fonte: Por [email protected]