A exoneração de 35 pessoas ligadas ao vice-governador Sérgio Gonçalves, ocupando cargos no Detran, Casa Civil, Seduc, Sesau e Sedec com CDS 3 a ao 10, é mais um claro sinal da ruptura política do governador Marcos Rocha. O chefe do Executivo tentou um acordo, cedendo espaço para o vice, em troca de apoio no União Brasil, uma costura política realizada pelo deputado federal Maurício Carvalho. As articulações não deram resultado prático, e Rocha ficou vulnerável, obrigado a conversar com outros partidos para abrigar uma possível candidatura ao Senado em 2026. A mais provável é o PSD liderado pelo ex-senador Expedito Junior.
Por outro lado, o vice-governador Sérgio Gonçalves estava convencido de assumir o cargo no final de março e iniciar sua trajetória para a reeleição. Sentou com várias frentes políticas, amarrou alguns acordos, mas não deu sinais de que estaria ao lado de Rocha no projeto senatorial. Hoje, deixando o cargo, o governador não tem garantias alguma de que seus acordos serão honrados e seu pessoal mantido no CPA. O mais provável é a vingança prometida pelo irmão de Sérgio, Júnior Gonçalves, em fritar todos os aliados, inclusive a esposa de Rocha, Luana Rocha. “Vai ser um PAD por dia”, disse Gonçalves, que anda meio sumido das redes sociais.
Mudanças no primeiro escalão
Enquanto digere a traição, o governador precisa lidar com outros problemas internos. Coronel Regis Braguin, comandante-geral da PM, é o primeiro grande problema a ser resolvido. Os deputados estaduais pediram sua cabeça, após denúncias de agressão a mulheres, e cair na blitz da Lei Seca com veículo cautelado para o comando da PM. A imprensa já especula nomes para o lugar de Braguin.
Fúria sobre rodas
Enquanto o prefeito de Cacoal, Adailton Fúria, desfila suas técnicas em carros modificados no evento de Guajará-Mirim, o senador Marcos Rogério comemora o ano farto com emendas. Foram mais de R$ 200 milhões aplicados em Rondônia em várias áreas, principalmente infraestrutura. Por falar em Rogério, ele nunca prometeu a Bolsonaro que seria candidato a reeleição. Pelo contrário, sempre esteve no seu radar a disputa pelo Governo de Rondônia. Mas nem por essa decisão ele pode ser chamado de ingrato, porque foi um fiel defensor das causas bolsonaristas, até mesmo as mais absurdas.
Hildon Chaves, momento de reflexão
Enquanto falam de Marcos Rogério, Fúria e agora o delegado Flori, que num rompante imagina que Porto Velho vai seguir a orientação do prefeito Léo Moraes para o Governo, Hildon Chaves descansa e passa por um momento de reflexão com a família. Ele não está fora do jogo, apenas recolheu as asas para enfrentar os grupos já formados em disputa pré-eleitoral. O ex-prefeito deixou um legado inequívoco em Porto Velho com obras de asfaltamento, a nova rodoviária, além das reformas nas unidades de Saúde, tocadas hoje pelo prefeito Léo Moraes.
Fonte: Por Rondoniagora



