Os membros da Comissão de Agropecuária e Política Rural (CAPR) da Assembleia Legislativa estiveram reunidos nesta semana com o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Social (Sedes), Édson Vicente, com o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri), Anselmo de Jesus e com o secretário executivo da Emater-RO, Elisafan Batista Sales para saber sobre as ações executadas por cada pasta. A reunião foi presidida pelo deputado Luiz Cláudio (PTN) com a participação do vice-presidente da CAPR, deputado Marcelino Tenório (PRP) e dos deputados Flávio Lemos (PR) e Ana da 8 (PT do B).
Os membros da Comissão decidiram fazer o convite aos secretários ao tomarem conhecimento de que a Sedes que tem como sua principal competência participar da formulação e implementação das políticas e diretrizes para o desenvolvimento da indústria, comércio, mineração, turismo e geração de emprego e renda, vem desenvolvendo ações que estão diretamente ligadas ao setor primário, especificamente as relativas agricultura, pecuária e pesqueira.
Cada secretário fez uma abordagem geral sobre as ações desenvolvidas por sua pasta. Anselmo de Jesus enfatizou a necessidade do Estado ter mais tecnologia e maior produtividade. Informou que de 24 a 26 de maio, em parceria com o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) será realizada uma feira tecnológica em Ji-Paraná onde as empresas poderão expor suas máquinas e equipamentos.
Em relação à questão tecnológica, explicou que estão implantando laboratório de análise e qualidade do solo e do leite, em parceria com a Embrapa. Informou que também terá o Centro Tecnológico da Pesca e a aquisição de mais uma fábrica de nitrogênio, para transferir o nitrogênio para os produtores para fazer inseminação artificial. Anselmo de Jesus citou que alguns problemas enfrentados pela Seagri acontecem por conta de entraves burocráticos, como licitações e formalização de documentos comuns ao poder público.
O secretário Édson Vicente, questionado pelos deputados quanto aos programas da Sedes que deveriam estar sendo feitos pela Seagri como o Terra Produtiva (antigo Promec), Água Produtiva (antigo Pró-Peixe) e do calcário, justificou que está sendo feito desta forma por conta do Plano Plurianual (PPA). Para os deputados isso deveria ser revisto já que o Orçamento de 2011 foi o deixado pelo Governo Cassol, mas o de 2012 já foi do Governo Confúcio Moura. Já Elisafan Sales disse que a Emater acaba sobrecarregada, executando no campo, através de convênio, os programas da Sedes e da Seagri.
O deputado Luiz Cláudio falou de sua preocupação com a função de cada secretaria e espera que isso seja resolvido, já que mantiveram a mesma política do governo anterior, mas que é preciso fazer o que é de competência de cada pasta. Falou de sua preocupação em relação a falta de estrutura de apoio do governo para uma política de comercialização e o mercado pode ficar saturado. Espera que a implantação dos dois frigoríficos do plano de governo resolvam essa situação. Também falou da preocupação em relação aos carteis em relação ao preço do boi por conta de haver poucos frigoríficos, que fica nas mãos de poucos, sendo que o estado está mapeado. “Quem é de Vilhena não pode comercializar a carne em Ariquemes, por exemplo”, destacou.
Já Marcelino Tenório falou de sua preocupação em relação à cultura do café, sendo que Rondônia é o 6º produtor de café do país e o 2º de café conillon. Tem receio de que por falta de mais apoio por parte do governo federal a produção de café seja extinta em Rondônia porque os produtores estão envelhecendo, os filhos não querem mais ficar no campo e mão de obra está cada vez mais escassa.
Autor: Liliane Oliveira.
REDAÇÃO/HOJERONDONIA.