A trepidação provocada pela passagem dos carros e pelas chuvas dos últimos dias contribuem para o aumento da erosão de parte do aterro sobre uma das diversas galerias de passagem de água na BR-364, em Ariquemes. Uma cratera com mais de 15 metros de profundidade se formou e pode interditar o tráfego na rodovia, caso continue aumentando.
Como medida paliativa, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) colocou um cavalete de sinalização no local. O equipamento não é o suficiente para alertar os motoristas, que passam pelo trecho, dos riscos que estão correndo, porque a erosão ainda não atingiu o asfalto, mas ela segue destruindo a base da rodovia por baixo.
O comerciante Aldeir Dias interrompeu a viagem entre Porto Velho e Ariquemes para ver de perto a cratera. “A gente passa por aqui e nem vê esse buraco. É um problema sério e alguém precisa fazer alguma coisa”, avaliou.
Local do perigo
O enorme buraco está localizado no quilômetro 493, cerca de 20 quilômetros antes do motorista, que saiu de Porto Velho chegar em Ariquemes. A cratera se formou com o desbarrancamento do aterro que cobre as manilhas que escoam a água de um córrego, que deságua no rio Jamari. O desmoronamento do aterro já foi comunicado ao Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transporte (Dnit) no ano passado, para que reparos fossem realizados, evitando uma possível interdição.
Na semana passada novo comunicado foi enviado pela PRF, alertando sobre desmoronamento e risco de interdição da rodovia.
No caso de uma interdição total da BR-364, os motoristas que saem de Porto Velho em direção ao interior do Estado vão precisar percorrer cerca de 30 quilômetros em estradas sem asfalto pelo travessão B-40, que liga Ariquemes a Alto Paraíso.
Não há condições de construir um desvio no local, porque dos dois lados da pista há córregos que transbordaram, o que inviabilizaria o procedimento.
Fonte/hojerondonia.