ASSEMBLEIA REPASSA R$ 4 MILHÕES PARA GARANTIR REAJUSTE SALARIAL DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO EM GREVE

Durante audiência entre representantes do Governo de Rondônia e uma comissão do Sindicato dos Servidores da Educação- SINTERO, na noite de ontem (02.07), o presidente em exercício da Assembleia Legislativa, deputado estadual Maurão de Carvalho (PP) e os parlamentares Epifânia Barbosa (PT); Luizinho Goebel (PV); Adelino Follador (DEM) e Glaucione Rodrigues (PSDC) anunciaram o repasse de R$ 4 milhões (quatro milhões) do orçamento próprio do Legislativo, para que o Poder Executivo possa promover reajuste salarial a classe trabalhadora que já está em greve há mais de 40 dias.

Para os deputados, a decisão de ajudar nesta negociação se deu por conta de todo o estado está prejudico com o movimento grevista. A deputada Epifânia destacou que a proposta inicial de participação da ALE era de R$ 2 milhões e que o Legislativo fez um grande esforço para repassar R$ 4 milhões para acabar com a greve. “Somos a favor do povo, mas não contra o governo. Sabemos que não é fácil promover reajustes sem onerar a folha de pagamento, por isso nossa participação nesta negociação”, frisou.

A deputada Glaucione sugeriu que o Governo também faça um esforço maior para acabar com o movimento. “Temos prejuízos de todos os lados. Ficarmos apenas em mesa de negociação não vai resolver nada. É preciso de atitude e efetuar cortes no Poder Executivo para atender essa categoria. O Governo precisa rever gastos e propor algo que fique bom para todos.” Afirmou.

O presidente em exercício da Assembleia Legislativa, deputado Maurão afirmou que o Poder Legislativo tem cortado na própria carne. Esse recurso foi retirado do dinheiro destinado para as obras da nova sede da Assembleia. “Nós não temos atribuição de repasse financeiro, porém vendo toda essa dificuldade que o Poder Executivo apresentou como o déficit na educação, vimos à obrigação de fazer um esforço coletivo para que os profissionais da educação e alunos não fiquem no prejuízo”, disse.

Os trabalhadores pediram reajuste mínimo de 8% para voltar às atividades, imediatamente, mas que a pauta de reivindicação é mais extensa. “Isso aqui é o mínimo para que a categoria aceite o retorno. Não estamos pedindo esmolas e muito menos negociando reajuste, queremos apenas a reposição de perdas salariais da categoria ao longo dos anos”, afirmou o presidente do sindicato dos trabalhadores da educação Manoel Rodrigues

Após mais de 3 horas de debates e negociações, ficou definido que a Assembleia vai ajudar com R$ 4 milhões e que o Poder Executivo ao invés de seis vai disponibilizar R$ 8 milhões para promover um reajuste de pouco mais de 6,3% para a categoria.

“Acho que chegamos a um acordo graças à preocupação de ambas as partes em por fim ao movimento. Uma greve com mais de 40 dias chega a colocar em risco o ano letivo do estado e isso não podemos permitir que aconteça. Temos a plena convicção de que o Poder Legislativo, com o apoio de todos os parlamentares fez o que devia ser feito, mesmo não tendo essa atribuição”, concluiu Maurão de Carvalho.

Participaram da reunião o Secretário de Estado da Administração, Rui Vieira; Secretário de Planejamento-SEPLAN, George Braga; Benedito Antônio Alves, Secretário de Estado de Finanças-SEFIN; e Isabel Luz – Secretária de Educação.

Autora: Elaine Maia

REDAÇÃO HOJERONDONIA.COM





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