O BB negou as propostas e ainda ameaçou categoria com a retirada de algumas conquistas do acordo em vigor. A paralisação será nacional…
Aconteceu na última terça-feira (20), em São Paulo, mais uma rodada de negociação específica entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e o Banco do Brasil, mas ao que tudo indica, a greve nacional dos bancários, prevista para o próximo dia 27, parece ser inevitável, devido a postura intransigente do BB.
Intransigência
Os bancários ainda esperam que a empresa apresente uma proposta que contemple as reivindicações da categoria. Após duas reuniões, o banco negou as demandas dos trabalhadores e adotou uma postura intransigente que frustrou os funcionários.
No primeiro encontro, realizado no último dia 9, o BB rejeitou reivindicações importantes sobre jornada de trabalho e emprego, saúde, condições de trabalho e previdência. Na segundo reunião, o Comando reivindicou avanços no Plano de Carreira, com aumento no piso, nos interstícios, jornada de 6 horas para as funções comissionadas e critérios de ascensão mais claros e objetivos, como concursos e pontuação respeitada no TAO. O BB negou as propostas e ainda ameaçou com a retirada de algumas conquistas do acordo em vigor, como a trava contra descomissionamento.
“Já apresentamos praticamente todas as reivindicações da minuta específica nas negociações realizadas. Agora é a hora de o banco deixar de lado a postura de confronto que adotou até agora e apresentar uma proposta que atenda essas reivindicações”, afirma Eduardo Araújo, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), órgão da Contraf-CUT que assessora as negociações com o banco. “O banco nada apresentou durante as negociações. Continuamos apostando no diálogo e esperamos que o BB adote uma postura madura, diferente do que ocorreu até agora”, diz.
Rejeição e greve a partir do dia 27
Índice de 7,8% para corrigir salários, piso, vales refeição, alimentação, auxílio-creche e a parte fixa da PLR e do adicional. Essa foi a proposta apresentada pela federação dos bancos (Fenaban) na rodada de negociação marcada pelos bancos e realizada na tarde dessa terça-feira 20. O aumento real previsto nesse índice apresentado pela Fenaban é de 0,37%.
Proposta ruim
“Uma proposta ruim, que praticamente não tem aumento real, não sinaliza nada de valorização no piso. Além disso, a PLR não melhora e não corresponde à realidade do crescimento do lucro”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Também não há qualquer indicação para a melhoria dos empregos e das condições de trabalho. Há bancos em pleno crescimento, como Itaú e Santander, que têm até redução de quadro, o que agrava muito a situação dos bancários. Por isso o Comando rejeitou a proposta na mesa e vai indicar a rejeição na assembleia que será realizada nesta quinta-feira 22, propondo greve a partir do dia 27. Até lá os bancos têm oportunidade de apresentar proposta decente.”
Diante da rejeição dos representantes dos trabalhadores, os negociadores da federação dos bancos marcaram nova rodada de negociação para sexta-feira 23. “Os bancários devem ir para a assembleia participar da mobilização da categoria. Vamos permanecer organizados e, caso os bancos voltem no dia 23 com proposta rebaixada, iremos à greve no dia 27”, convoca Juvandia.
Autor: Rondoniadinamica
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