Cargo de vice-presidente, ocupado anteriormente por Hermínio Coelho, é cobiçado pela base governo na Assembleia Legislativa…
Porto Velho, Rondônia – A medida tomada no último domingo pela juiza estadual Duília Sgrott determinando a perda do mandato de Valter Araújo (PTB-Porto Velho) do cargo de deputado estadual caminha para efetivar Hermínio Coelho (PSD-Porto Velho) no cargo de presidente definitivo por mais três anos e abre uma disputa interna para o cargo de vice-presidente do Poder Legislativo, acirrando os ânimos da bancada governista no parlamento. Nos bastidores, um grupo estaria sendo liderado pelo líder do governo na Assembleia, deputado Edson Martins (PMDB) para “garantir” o cargo vago de vice-presidente, ocupado anteriormente por Hermínio Coelho. Martins já teria o apoio de Adelino Follador (DEM-Cacaulândia), Lourival Amorim (PMN-Ariquemes), Jacques Testoni (PP-Ouro Preto), Marcelino Tenório (PSD-Ouro Preto).
Os deputados da base governista apostam na convocação dos votos dos suplentes para garantir a vice-presidência, tendo em vista que estão afastados de suas funções da Mesa Diretora os seguintes deputados: Jean Oliveira (PSDB-Porto Velho) – 1º Secretário; Epifânia Barbosa (PT-Porto Velho) – 2º Secretário; Ana da 8 (PCdoB-Nova Mamoré) – 3 º Secretário e Saulo Moreira (PDT-Ariquemes) – 4º Secretário.
Além dos quatro parlamentares que estão afastados das funções na Mesa Diretora, foram denunciados pelo Ministério Público e Polícia Federal os deputados Flávio Lemos (PR-Porto Velho), Zequinha Araújo (PMDB-Porto Velho) e Euclides Maciel (PSDB-Ji-Paraná).
Indecisão judicial e suplentes cotados
A Justiça pode entrar com alguma ação e tentar evitar a participação desses parlamentares em uma nova eleição, uma vez que em dezembro do ano passado foi protocolado na Assembleia um pedido de cassação de mandato de todos os denunciados na “Operação Termópilas” por falta de decoro parlamentar. O pedido deve ser analisado no próximo mês pela Corregedoria Parlamentar, presidida pelo deputado José Clemente (PTN-São Francisco), mas que até agora não mostrou serviço.
Caso todos eles sejam impedidos de votar, serão convocados os suplentes . Mas a bancada governista poderá ter problemas pela frente. O ex-deputado David Chiquilito, da base do governo e que votou na primeira eleição em Jesualdo Pires (PSB-Ji-Paraná) para o cargo de Presidente, deixou o PCdoB e ingressou no PMDB. O PCdoB pode tentar impedir a convocação dele.
O segundo suplente de David é o militar Cabo Anjos, que estava filiado ao PCdoB, mas teve que retornar ao PDT para assumir a Câmara de Vereadores de Porto Velho, na vaga do ex-vereador e hoje assessor especial do governo, Mário Jorge.
Para suprir a vaga do PDT, hoje ocupada por Saulo da Renascer, o convocado seria o desconhecido Ednaldo Gonçalves. O segundo suplente da legenda pedetista é o ex-deputado Leudo Buriti (Ji-Paraná), que também ocupa cargo na diretoria do Porto de Porto Velho.
O PSDB abriria duas vagas. Podem ser convocados a qualquer momento os suplentes Laerte Silva (Nova Mamoré) e a ex-deputada Mileni Mota (ex-PSDB), que retornou ao PTB. Mileni também é assessora do governo. O terceiro suplente dos tucanos é o ex-deputado Alexandre Brito (Porto Velho).
No PMDB, a articulação governista está mais fácil. Se Zequinha Araújo for impedido de votar, o Palácio Presidente Vargas conta com o apoio do chefe adjunto da Casa Civil, Edvaldo Gomes (Ji-Paraná). No PT, com a saída de Epifânia assumiria o secretário de Transportes de Porto Velho, Cláudio Carvalho – homem de confiança do prefeito Roberto Sobrinho. Se Carvalho recuar, a vaga vai para Neri Firigolo (PT-Cacoal).
Fonte/hojerondonia.