Comunidade Pimenteirense vai recepcionar romeiros do Divino Espírito Santo a partir de 09:00 horas.
Acontece nesta segunda-feira, 10 de abril às 09:00 horas, a grande festa da chegada do Batelão e da Romaria do Divino Espírito Santo, do Vale do Guaporé, com a saída da Romaria da cidade de Remanso na Bolívia no domingo (09/04), às 08:00 horas.
Será 45 dias de romarias por 39 comunidades tradicionais do Rio Guaporé, entre o Brasil e Bolívia até chegar a seu destino final que será na cidade de Costa Marques que será uma grande festa no dia 22 de maio.
Segundo o vice-prefeito e presidente da comunidade do Divino Moizes Herrera Penha (Sem Partido), a Romaria do Divino Espírito Santo, permanece no município de Pimenteiras até a tarde do dia de quinta-feira, 13, saída com destino a Pousada do Renato.
Moizes disse ainda que a Romaria do Divino Espírito Santo acontece anualmente no interior do estado de Rondônia. Esta peregrinação fluvial tem a missão de visitar todas as localidades da região do Vale do Guaporé, são 45 dias de grande festa religiosa, feita com muita fé e devoção. Os festejos envolvem uma grande quantidade de pessoas e existe uma estrutura de barcos e um pessoal específico para cumprir com a missão.
Todos os custos são financiados pelos fiéis, através de uma junta administrativa. Este trabalho é uma descrição etnográfica da jornada do Divino ocorrida entre o mês de abril até o final de maio. Desenvolvidas em diálogo com outras etnografias e trabalhos teóricos.
A 126ª Festa do Divino Espírito Santo no Rio Guaporé é o segundo festejo religioso mais antigo da Amazônia, superado apenas pelo Círio de Nazaré, em Belém do Pará. Ao contrário de similares que acontecem em vários estados brasileiros, no Guaporé não existe cavalhada ou luta entre “mouros” e “cristãos”, sendo o deslocamento feito todo por via fluvial.
Ao aproximar-se de cada povoação, o Barco do Divino anuncia a sua chegada através de ronqueira (artefato confeccionado em madeira com um cano de ferro por onde é introduzida a pólvora), três buzinadas em chifres de bois, e mais próximos, os remeiros entoam cânticos de chegada e fazem a “meia Lua”, em frente ao porto, que consiste em três voltas circulares com o barco, antes de aportar. As remadas são cadenciadas e os romeiros espargem água para o alto entre uma remada e outra, o caxeiro, inicia o toque do tarol.
Fonte e Foto: Por Wilmer G. Borges/Hoje Rondônia