O senador Ivo Cassol participou em Brasília, na manhã desta quarta-feira, da convenção nacional do Partido Progressista que anunciou o apoio à reeleição de Dilma Rousseff à presidência. A decisão foi tomada pela Executiva Nacional em uma rápida reunião no gabinete do presidente da legenda, senador Ciro Nogueira, pois a convenção nacional havia terminado de maneira tumultuada com várias lideranças divididas sobre o apoio à candidatura do PT. Segundo Ciro, dos 27 diretórios apenas dois – Minas Gerais e Rio Grande do Sul – foram contrários na convenção. “Sempre ouvimos democraticamente a todos. São 27 diretórios e apenas dois se rebelaram de forma inadequada”, disse.
Na convenção nacional, que ocorreu antes da reunião da Executiva, um grupo liderado pela senadora Ana Amélia, pré-candidata ao governo do Rio Grande do Sul, e pelo governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, apresentou uma moção propondo, a exemplo do que foi feito em 2010, a neutralidade do partido na disputa presidencial deste ano. A ideia era que oficialmente a legenda não apoiasse nenhum candidato, e que assim o tempo de rádio e TV da sigla fosse dividido entre todos os candidatos. Em seu discurso o senador Ivo Cassol disse que “não existe meio parceiro, ou é ou não é”. Cassol ainda lembrou que “o partido faz parte da base aliada, comanda o ministério das Cidades há mais de dez anos, e se não for apoiar a presidente Dilma na reeleição que entregue todos os cargos e lance um candidato a presidente (referindo-se ao deputado federal Jair Bolsonaro) ou não apoie ninguém”, no que foi aplaudido pelos presentes.
Estados
A divergência começou quando, apesar dos apelos de vários integrantes, o presidente do PP, Ciro Nogueira, decidiu não colocar a moção apoiada pelos diretórios do RS, de MG, SC, GO, do RJ, AM e CE em votação. Sob muitos protestos, ele colocou em votação simbólica uma resolução que transfere para a Executiva Nacional do partido a palavra final sobre o apoio à aliança com Dilma. Em meio a gritos e vaias de convencionais, Nogueira declarou que a resolução havia sido aprovada e encerrou a convenção. Logo em seguida, o presidente foi para o gabinete e, pouco depois, anunciou que a Executiva havia tomado a decisão de apoiar a reeleição de Dilma Roussef e, acompanhado de senadores e deputados, comunicou pessoalmente a decisão à presidente Dilma Roussef instantes depois no Palácio da Alvorada.
“O partido decidiu ainda que os diretórios estaduais estão livres para formar alianças regionais independentemente da aliança nacional, o que significa que em Rondônia o PP poderá ou não se coligar com o PT, dependendo apenas da decisão dos convencionais no próximo final de semana”, disse Cassol.
Fonte: Senado
Autor: Senado
DA REDAÇÃO DO HOJERONDONIA.COM
