CHEIA DO MADEIRA DEIXA MAIS DE 2 MIL FAMÍLIAS FORA DE CASA EM PORTO VELHO

Todas as comunidades ribeirinhas da cidade foram atingidas pela cheia. Plantações da região do Baixo Madeira estão submersas…

Mais de duas mil famílias já tiveram que deixar as casas na região de Porto Velho por causa da cheia recorde do Rio Madeira. A situação é de calamidade pública.

Lagos, riachos e o Rio Madeira agora correm juntos. A água invadiu áreas imensas de florestas. Centenas de espécies de animais foram expulsas pela enxurrada, ou morreram.

As plantações de feijão, milho, mandioca, que garantiam o sustento dos agricultores da região do Baixo Madeira, estão submersas. O gado, que não foi retirado a tempo das propriedades, tenta escapar da água.

Todas as comunidades ribeirinhas de Porto Velho foram atingidas pela cheia. Em algumas, a água chegou aos telhados. O cemitério virou caminho de barcos.

“Aguentei quando a água chegou na porta, aí eu falei para ele: eu vou me mudar, vou para a casa da minha filha lá em Brasília, porque eu não aguento ficar em cima da água”, declara Auta Castro Rosas, aposentada.

A Defesa Civil está levando comida, água e mosquiteiros para os moradores das regiões isoladas, e instalando 400 barracas em áreas seguras para servirem de abrigos. O isolamento deixou as comunidades ribeirinhas do Baixo Madeira também sem comunicação.

Há dez dias o exército montou uma base em Nazaré. É através do rádio que os soldados recebem informações. Locais onde falta comida ou água, pacientes que precisam ser retirados. Os dados são repassados para Porto Velho, que aciona os órgãos competentes.

“A ideia de montar uma base em Nazaré é justamente essa: manter esse pessoal em local seguro e com uma garantia de que tenham alimento e uma certa segurança por um longo período, porque isso ainda vai demorar muito tempo até eles retornarem para suas casa”, afirma coronel Lioberto Caetano, coordenador Defesa Civil-RO.

Em Porto Velho, dez bairros foram completamente alagados. As distribuidoras de combustíveis que ficam no cais também estão debaixo d´água.

A BR-364, único acesso terrestre ao estado do Acre, continua inundada. Só caminhões e carretas ainda conseguem passar.

O Dnit construiu um aterro para que a balsa que faz a travessia de veículos em Abunã não pare de vez.

Em Rio Branco, já há filas para conseguir gás de cozinha. Muitos postos não têm mais gasolina. Aviões da FAB levam produtos agrícolas de Porto Velho para a capital acreana.

G1-GLOBO

DA REDAÇÃO HOJERONDONIA.COM





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