A cidade de Rondolândia (MT) sempre manteve laços econômicos com o Estado de Rondônia, mesmo antes de sua emancipação ocorrida em 1998. Antes disso, ainda quando distrito mato-grossense, os moradores de Rondolândia deslocavam-se à cidade vizinha mais próxima, o município de Ji-Paraná, para realizar serviços bancários, tratamentos de saúde e, principalmente, para comercializar sua produção agrícola e pecuária.
Mesmo sendo transformada em Município, pela Lei Estadual nº 6.984, de 28 de Janeiro de 1998, de autoria do então deputado estadual José Riva, ainda hoje a cidade mantém suas fortes ligações com o Estado de Rondônia. E ao que parece, busca estreitar ainda mais esses laços.
Os dois Estados buscam uma parceria para asfaltar uma via de acesso do município de Rondolândia até a BR 364 no Estado de Rondônia. Para que isso ocorra, um acordo de cooperação deve ser firmado entre os dois Estados, onde o custo da obra seja rateado entre as duas federações.
É nesse contexto que Ji-Paraná, a segunda maior cidade do Estado de Rondônia e localizada em local geograficamente estratégico para economia de Rondolândia, surge novamente com força. Caso a via escolhida para pavimentação seja a que passa por Ji-Paraná, os dois Governos, Rondônia e Mato Grosso, teriam que custear apenas a pavimentação asfáltica de 36 quilômetros de estrada, o trecho que compreende a linha 86 e a Rodovia Estadual 133. O restante do trajeto até a BR 364, que passa pelo Distrito de Nova Colina (RO) e a pela Rodovia 128 até a cidade de Ji-Paraná já está pavimentado.
O percurso até Ji-Paraná possui pontos favoráveis para os dois Estados. Para Rondônia porque beneficia uma das maiores regiões produtoras de gado de corte e leite, fortalece o Distrito de Nova Colina que possui cerca de cinco mil habitantes e facilita o acesso a escola pólo Nova Aliança que possui cerca de 200 crianças matriculadas.
Para o Mato Grosso a vantagem está no custo do investimento com obra que seria menor devido ao curto percurso a ser pavimentado, facilitaria as condições de escoamento da produção da população de Rondolândia para um grande centro econômico, e a estrada seria estendida até o setor industrial de Rondolândia, conhecido como quilômetro 70.
Outro ponto a ser considerado é que, caso o asfalto passe pela linha 86, os dois Governos estarão dando condições de crescimento aos produtores dos dois municípios (Ji-Paraná e Rondolândia), uma vez que cerca de 90% dos investidores do setor madeireiro e agronegócio estão estabelecidos ao norte do município de Rondolândia e mantém extensão de seus negócios em Ji-Paraná, inclusive, muitos mantêm residências nas duas cidades.
A outra rota possível para pavimentação acaba não atendendo, o setor produtivo de Rondolândia que está diretamente ligado à Ji-Paraná. O outro percurso que seria através da linha 05 em Rondolândia até a cidade de Ministro Andreazza, é um trecho bastante acidentado e com maior distância, são aproximadamente 50 quilômetros de estrada de chão, o que encarecia o valor total da obra.
Por esse percurso, os moradores de Rondolândia após chegar à Ministro Andreazza, teriam ainda outro ponto desfavorável. Seriam obrigados a viajar até a cidade de Cacoal, já que Andreazza é um município pequeno e dependente da Capital do Café. O trecho total de Rondolândia até Cacoal seria de cerca de 90 quilômetros. Já o percurso total de Rondolândia à Ji-Paraná é de aproximadamente 70 quilômetros, distância 20 quilômetros menor.
Toda esta conjuntura foi tema de uma audiência pública realizada em Rondolândia no último final de semana e será tema de discussão também em Ji-Paraná, durante uma Audiência solicitada pelo deputado estadual Jesualdo Pires (PSB) ao Presidente da Câmara de Ji-Paraná, vereador Nilton Cezar Rios (PSB), no próximo dia 19, às 14 horas, no Distrito de Nova Colina.
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA ASSEMBLEIA
Autor: Assessoria
Fonte/hojerondonia.com.