Construção da nova sede da Assembléia será com mão-de-obra de presidiários

Ao participar no último final de semana no auditório do Sest-Senat em Porto Velho, da apresentação do programa do Governo de Minas Gerais, denominado de Sistema Prisional – Trabalhando a Cidadania, o presidente em exercício da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho (PSD) manifestou integral apoio a esta proposta educacional e profissionalizante que vem resgatando presos, e anunciou que quando do reinício da construção do novo prédio do parlamento estadual, a determinação será que a empreiteira contratada utilize 100% de mão-de-obra dos apenados.

Pelo que já está comprovado em Minas Gerais, o deputado Hermínio Coelho disse acreditar na real possibilidade de transformação, tornando os presos produtivos, e se oportunizando algo concreto em suas vidas. Neste sentido, disse ele: “somente nos casos em que não se encontre o profissional desejado no Sistema Prisional é que a empreiteira estará autorizada a contratar diretamente”.

“Está provado que se quiser a coisa muda. Temos exemplo bem prático em Porto Velho, através do brilhante trabalho da Associação Cultural e de Desenvolvimento do Apenado e Egresso – Acuda, que há dez anos faz um trabalho de resgate dos presidiários. Outro exemplo positivo é o Grupo de Teatro Bizarro. É preciso que o poder público reaja, assimile e implante exemplos positivos, como este de Minas Gerais, e desta forma estaremos amenizando os problemas sociais.  Do jeito que está não pode continuar, quando verificamos que 80% dos presos que ganham liberdade acabam retornando ao Sistema Prisional”, declarou o presidente da ALE, deputado Hermínio Coelho.

Helil Bruzadelli, técnico da Secretaria Estadual de Defesa Social de Minas Gerais, lamentou que Rondônia detenha a maior população carcerária do país em relação ao número de habitantes no Estado, e destacou que o programa denominado de Sistema Prisional – Trabalhando a Cidadania, garante atualmente 11 mil presos trabalhando, implantou balcões de emprego para os presos do regime fechado, mantém convênio com empresas para absolver ex-apenados, e desta forma conseguiu reduzir para apenas 4% o número de presos que após ganharem a liberdade retornam ao sistema prisional.

A reunião contou com a participação de membros do Conselho de Comunidade de Vara de Execuções Penais de Porto Velho, membros da Secretaria Estadual de Justiça, e ainda, da juiz da Vara de Execuções Penais de Porto Velho, Sandra Silvestre.

Paulo Ayres.

REDAÇÃO/HOJERONDONIA.





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