Infraestrutura e logística são requisitos básicos para atrair investidores estrangeiros e impulsionar a Economia na Amazônia. Em Rondônia, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) planeja a construção de um corredor de exportação de mercadorias entre Brasil, Bolívia e Chile. A ponte no distrito Ponta do Abunã, na BR- 364, está prevista para iniciar em 2012, como alternativa para escoamento de produtos do Estado.
Em outubro deste ano, parlamentares de Rondônia, autoridades políticas da Bolívia e do Chile participaram de audiência pública, no município de Costa Marques, para discutir a criação de um possível corredor de exportação entre Bolívia e Chile, pela BR-429, estrada que corta Rondônia. Na reunião as lideranças políticas brasileiras, bolivianas e chilenas se comprometeram em elaborar propostas e marcar em outra data novo encontro para tratar do assunto.
O superintendente regional do DNIT/RO, José Ribamar, afirmou que a prioridade do órgão é a construção da ponte entre Rondônia e Bolívia, na BR-364. “Essa ideia é da Bolívia, é muito bem vinda. Mas nosso foco é viabilizar a ponte da BR-364, já estamos em negociação com projetos e esse possível corredor será em outro momento”, afirmou Ribamar. A obra da ponte internacional já está autorizada pelo Governo Federal. “A equipe está revisando e atualizando o projeto, em busca de preços mais acessíveis. A obra deve iniciar no próximo ano”, disse.
As expectativas para o aquecimento da Economia do Estado com a obra da ponte são as melhores. “A construção de uma ponte requer um volume de significativo de recursos, e isso influencia positivamente nos setores da Construção Civil além de aquisição de serviços diretos e indiretos, o que contribui para aquecer a economia de cidades e distritos vizinhos de Abunã”, explicou o economista Avenilson Trindade.
Segundo o especialista, a construção vai viabilizar o tráfego entre os países e ainda vai contribuir para a melhoria do trânsito nas rodovias. “Ela vai melhorar o fluxo rodoviário tanto para usuários comuns, quanto para transporte de cargas de mercadorias e transporte de passageiros. Rondônia só tem a ganhar com essa grande construção”, alegou Trindade.
Benefícios à população
A construção de uma ponte internacional em Rondônia também é vista com entusiasmo pela população. Dayanne Fonseca é recepcionista de um hotel no município de Guajará-Mirim, município a 150 km do distrito Ponta do Abunã. Para ela, a obra também deve afetar no aumento da demanda turística no Estado.
“Esperamos um grande fluxo de pessoas com a criação da ponte. Temos o Museu da Estrada de Ferro (em conclusão de reforma), a Serra dos Parecis e os passeios de barco pelo rio Pacaas Novos, com visitas às comunidades indígenas autorizadas previamente pela Funai, além das pescas esportivas, para atrair a demanda”, destacou.
O estudante de Gestão Ambiental, Alan Nobre, de 23 anos, também espera que a obra traga benefícios econômicos aos moradores das cidades vizinhas à ponte, como aumento da geração de renda e emprego. “A ponte vai beneficiar a saída de mercadorias para o Pacífico, além da instalação de indústrias. Vai trazer emprego e renda para a população”, opinou.
O policial militar da cidade de Rolim de Moura, Eldimar Marcelino, 25, acredita no desenvolvimento econômico de outras cidades. “A construção vai influenciar não só a Economia de Guajará-Mirim, mas de todo o Estado, pois vai facilitar o transporte de mercadorias e tornar nosso produto mais competitivo”, defendeu.
Autor: Paulo Vagner – [email protected] .
Foto/Wilmer G. Borges.
Fonte/hojerondonia.com.