Corredor de rua usa o esporte para motivar e vira exemplo com projeto gratuito

Atleta diz que as pessoas só precisam de motivação e que vê saúde física e mental em cada um dos praticantes da corrida de rua

O atleta Elessandro Eufrásio, 45 anos, encontrou na corrida de rua a sua ‘virada na mesa’. De um momento de desmotivação na vida pessoal, para a um competidor em nível nacional e idealizador de um projeto para incentivar outras pessoas a mudarem de vida por meio da corrida de rua.

Essa é a síntese da história de um então jovem de 24 anos, desmotivado, morador da cidade de Porto Velho/RO, que encontrou no esporte a motivação que precisava para mudar de vida. O jovem que estava desempregado passou a estudar, foi aprovado em concurso público para policial penal e hoje incentiva a prática da corrida de rua na capital rondoniense, com a criação da equipe Diamante Azul. O atleta acumula competições importantes no currículo, como participação na São Silvestre e a mais recente, a Meia Maratona do Rio de Janeiro, no último sábado (10).

O início da mudança na vida de Elessandro Eufrásio ocorreu em 2002. Ele estava desempregado e conta que chegou a sentir vergonha por ter a esposa, Andreia Eufrásio, como única provedora da família, naquele momento. “Eu precisava de algo para me sentir bem. Comecei a correr e tudo foi mudando na minha vida. Passei a me sentir motivado. Foi aí que tudo mudou. Amo correr. Se não fosse a corrida de rua, hoje eu seria mais um tomando remédio controlado”, relata o atleta que tem a esposa como parceira nas corridas.

“Eu motivo as pessoas”

Se a corrida de rua mudou a minha vida, pode mudar a vida de outras pessoas. Foi com esse pensamento que Elessandro iniciou, em 2007, a equipe Diamante Azul, para incentivar à prática da corrida de rua. “Fico feliz quando ajudo a mudar a vida de alguém. Várias pessoas que começaram a correr comigo já me disseram: Elessandro, por você eu não fui para o ‘mundo das drogas’; por você eu não tenho depressão. Isso é gratificante e mostra que não posso parar”, detalha o policial penal.

– Observei que as pessoas só precisam de motivação para saber que também são capazes  de vencer  todos aspectos. Vejo alegria e gratidão.  Vejo saúde física e mental  em cada um dos praticantes  de esporte e isso me faz  feliz  100%.  Sou grato a Deus e a minha esposa, que me apoia desde o início. É um projeto que tem muitas mulheres. Zelo pelo respeito, para eu não perder o crédito com minha  esposa e nem  com as atletas – comentou o corredor de rua.

Elessandro destaca que é um projeto sem fins lucrativos. Disse que conta com dois parceiros, Hélio Camargo e o Colégio Conceitos. O atleta frisa que arrecadam valores para pagar inscrições de competidores sem financeiro para se inscreverem. “Nossa equipe tem atletas amador iniciante e elite. Hoje temos atletas que vivem de corrida”, acrescentou.

Fonte: Por Jornalismopvh





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