TCU revelou que o Ministério da Pesca comprou lanchas-patrulha sem ter o que fazer com elas…
O Ministério da Pesca contratou uma empresa de um ex-militante do PT para a construção de lanchas-patrulha que a pasta não tinha competência para usar e depois solicitou ao dono da companhia uma doação ao partido, informa o jornal O Estado de S.Paulo.
A empresa Intech Boating, do ex-publicitário José Antônio Galízio Neto, assinou um contrato de R$ 31 milhões com o ministério e depois foi procurada para dar uma contribuição de R$ 150 mil ao comitê financeiro do PT de Santa Catarina a fim de ajudar a financiar a campanha para o governo do Estado em 2010 da atual coordenadora política do governo, ministra Ideli Salvatti.
‘A solicitação veio pelo Ministério da Pesca, é óbvio’.
– “O partido era o partido do governo. A solicitação de doação veio pelo Ministério da Pesca, é óbvio. E eu não achei nada demais. Eu estava faturando R$ 23 milhões, 24 milhões, não havia nenhum tipo de irregularidade. E acho até hoje que, se precisasse fazer novamente, eu faria”, disse Galízio Neto ao jornal Estadão.
Perdeu. Mas, ganhou
Ideli acabou derrotada na corrida eleitoral pelo governo catarinense e foi preencher a cota do PT de Santa Catarina no ministério de Dilma Rousseff, indo parar justamente no ministério da Pesca. Ela ficou cinco meses no cargo, antes de assumir a coordenadoria política do Planalto, mas foi tempo suficiente para a ministra pagar os R$ 5,2 milhões que a empresa doadora da sua campanha ainda tinha a receber dos cofres públicos.
O Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que houve irregularidades na compra das lanchas-patrulha e que o Ministério da Pesca comprou essas lanchas sem ter o que fazer com elas. Ainda de acordo com o TCU, 22 das 28 lanchas negociadas ficaram guardadas na própria fabricante.
REDAÇÃO/HOJERONDONIA
