A melhoria da saúde em Rondônia só virá com ações responsáveis e de médio e longo prazo, com muito planejamento e racionalidade na aplicação dos recursos, que não são muitos. A declaração é da presidente do Conselho Regional de Medicina de Rondônia, Maria do Carmo Wanssa, durante reunião no Hospital de base, com o diretor, Jean Negreiros; vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital Correa lima; com a secretária-executiva da Comissão Nacional de residência Médica do Ministério da Educação, Maria do Patrocínio Tenório; diretor-tesoureiro do CFM, Hiran Gallo e a médica Rita de Cássia Alves Ferreira, secretária-geral do Cremero. A reunião, ocorrido no final da tarde quarta-feira, teve por objetivo fazer um levantamento da real das unidades estaduais que servem como campo de aprendizado à residência médica em Rondônia.
A secretária executiva da Comissão Nacional de Residência Médica disse que vê grandes possibilidades de ampliar o programa de residência médica em Rondônia e que isso é um alento para a população, posto que, é a partir da residência médica que se dá a fixação do médico no estado. Para isso, no entanto – afirma Maria do Patrocínio -, deve haver interesse do Governo do Estado. “Sem essa participação do Estado, nada do que estamos tratando se concretizará”.
O vice-presidente do Conselho Federal de medicina, Carlos Vital, afirma que a cada visita ao hospital de Base e o João Paulo II fica evidenciado a necessidade de melhores condições para a capacitação em serviço como se exige a residência médica. Vital assegura que são latentes as dificuldades, com falta de estrutura física, equipamentos e número insuficiente de preceptores (médicos mais antigos que ensinam os novatos na residência médica), ocasionada pela falta de estímulo as estes profissionais. Esses são pontos fundamentais para a melhoria da residência médica em Rondônia. “Afinal, trata-se de formação de jovens que tem compromisso com manutenção de vida e saúde. Esses jovens egressos da escola de medicina precisam ter segurança no amadurecimento e enriquecimento científico e ético”, disse Carlos Vital, que representa a classe médica pernambucana no CFM.
Carlos Vital disse ainda que o Conselho Federal de Medicina está em permanente contato com o Ministério da Educação buscando forma de melhorar a residência médica em todo o Brasil e, especialmente, em Rondônia, onde os dirigentes do CRM vêm reivindicando constantemente melhorias para a saúde.
Já o diretor-tesoureiro do CFM, Hiran Gallo, voltou a afirmar que não falta dinheiro para a saúde. “Tem de melhorar a gestão e ter maior responsabilidade na aplicação desse recurso, focando sempre no objetivo final que é o melhor atendimento à população”. Gallo lamentou a insensibilidade do Governo do Estado, que não agendou audiência para ouvir as propostas da secretária-executiva de Residência Médica do Ministério da Educação.
Segundo Hiran Gallo, é lamentável que o Conselho Regional de Medicina se mobilize para trazer a Rondônia duas importantes autoridades sobre residência médica, com a proposta de ajudar o Estado e sequer serem recebidas pelo Governador, que também é médico. Ele destacou as reuniões de trabalho com os secretários municipal e estadual de Saúde e com os diretores de unidades hospitalares, lamentando a ausência do secretário estadual de Saúde.
Na tarde desta quinta-feira teve início o Primeiro Simpósio de Residência Médica e o Primeiro Encontro de Médicos Preceptores de Rondônia, com as palestras “situação atual da Residência Médica em Rondônia, pela doutora Maria do Patrocínio e mesa redonda de debates. Para o período da noite foi programada palestra sobre ‘preceptoria, capacitação, normatização e formas de remuneração’ e debates.
HOJERONDNIA:
Assessoria de imprensa Cremero