O presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia, deputado Hermínio Coelho (PSD) voltou hoje a condenar a omissão do Governo do Estado, diante do que ele considerou um autêntico “estupro” ambiental provocado pelas empreiteiras responsáveis pela a construção das usinas hidrelétricas do Rio Madeira. Segundo ele, enquanto as usinas desrespeitam a legislação ambiental, “temos um Governo local fraco, omisso, incapaz de fazer frente junto ao Governo Federal e exigir de fato os direitos dos rondonienses”.
Para o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Hermínio Coelho, o governador Confúcio Moura encontra-se completamente perdido, não tem comando, e mesmo diante de situações gritantes como a demora da transposição dos servidores estaduais para o quadro federal e a herança maldita do extinto Beron, é incapaz de enfrentar o Governo Federal e pelo menos, exigir esta contrapartida, diante dos benefícios que Rondônia estará proporcionando para o restante do país.
“Volto a falar… Essas usinas estão estuprando a nossa terra”. O Governo de Rondônia através da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental – Sedam e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente – IBAMA, estão omissos aos impactos ambientais das usinas do rio Madeira. É visível os estragos que vem ocorrendo na região do Rio Madeira, mas mesmo assim, diante do poderio das usinas, eles preferem a omissão. Quem assim procede, certamente não tem compromisso e respeito com Rondônia, e podem perfeitamente serem enquadrados nos crimes de prevaricação, negligência e omissão com a coisa pública e o meio ambiente”, declarou o presidente da ALE.
Revoltado com a situação, o deputado Hermínio Coelho disse que caso o governador e o vice-governador tirassem férias ao mesmo tempo, e ele viesse a assumir o Governo por pelo menos dez dias, ele iria fazer a diferença, e certamente iria fazer o Governo Federal respeitar Rondônia, promovendo de imediato a transposição dos servidores estaduais para a União, e extinguindo esta dívida farônica do Beron.
O deputado disse da necessidade de se proceder uma minuciosa pesquisa técnica em toda a extensão das obras das usinas de Santo Antônio e Jirau, com o objetivo de analisar os pontos positivos e negativos de ambas as obras no Rio Madeira. Segundo ele, é preciso um relatório de auditores em gestão ambiental, devidamente atualizado, visando apontar de forma concreta os impactos ambientais. Ao final, ele defendeu o urgente embargo das obras das usinas do Rio Madeira.
MAIQUE PINTO E PAULO AYRES
REDAÇÃO HOJERONDONIA.COM