Deputado Luizinho Goebel pede retorno de serviço funerário do Governo

Em discurso na tarde de terça-feira (20), no plenário das deliberações, na Assembleia Legislativa, o deputado Luizinho Goebel (PV) pediu providências ao governo do Estado no que diz respeito ao tratamento de familiares de pessoas que morrem nas unidades hospitalares em Porto velho e que moram em outros municípios.

O parlamentar levantou a polêmica atuação das empresas de funerárias na capital, que abordam na porta do hospital as famílias que acabaram de perder um ente querido. Essas empresas impõem aos parentes que a compra do caixão deve ser feita imediatamente, se aproveitando de situação delicada e fragilizada da pessoa. Muitas vezes as famílias assumem compromisso que não dão conta de cumprir. Isso acontece e eles acabam entrando numa dívida interminável.

O deputado destaca que até 2010 o Poder Executivo, através do serviço de assistência social montando dentro dos hospitais, oferecia o serviço de enterro e translado de corpo as famílias carentes. Era feito um levantamento, um estudo sobre a situação e liberado o serviço fúnebre e até mesmo o transporte aos municípios de origem. “Isso não existe mais e o que vemos hoje são famílias sofrendo pela perda do parente e sofrendo pela pressão das funerárias que não respeitam o momento delicado”, frisou.

Luizinho disse também que muitas vezes o doente acaba de morrer e os agentes funerários já estão abordando aos parentes. “Isso é estranho”.

Em aparte os deputados Eurípedes Lebrão (PTN) e Edson Martins (PMDB) parabenizaram Luizinho pela iniciativa e destacaram a importância da retomada dos serviços pelo governo. “Essas pessoas são uns carniceiros e temos que aprovar aqui na Assembleia uma lei que proíba o estacionamento de funerárias a quinhentos metros dos hospitais” disse Lebrão.

O deputado Marcos Donadon (PMDB) destacou que é preciso encontrar um caminho para solução rápida do problema. Falou sobre como funciona o sistema em Curitiba. “Lá eles trabalham em sistema de plantão. Desta forma se evitam brigas e discussões na frente das famílias. Quem sabe esse não pode ser um exemplo a ser seguido em Rondônia, indagou”.

Adelino Follador (DEM) também apoiou a iniciativa do deputado Luizinho e disse que recentemente presenciou a ação de uma funerária, que ao perceber que os familiares tinham condições financeiras esconderam os caixões e deixaram apenas os mais caros para a família escolher. “Isso é um absurdo e precisamos por fim nessa atuação”.

O deputado Maurão de Carvalho (PP) frisou que no passado o tema já era polêmico. A Assembleia convocou 54 funerárias para tentar evitar ações como essas. “Descobrimos que existia a participação de funcionários informando as funerárias sobre a situação de saúde do paciente”. Hoje vemos que o problema foi amenizado, porém continua acontecendo.

Para encerrar o deputado Luizinho sugeriu a presença de representantes dos hospitais de Porto Velho e do Ministério Público para tratar sobre essa questão. Continuando o parlamentar registrou o pedido para que o governo se atente em devolver esses serviços à população.

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA ASSEMBLEIA

Autor: Elaine Maia

Foto Eliênio Nascimento-Decom-ALE-RO.

Hojerondonia.com





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