O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valter Araújo (PTB) disse na última quarta-feira (16), no encontro promovido em Porto Velho pela Associação Rondoniense de Prefeitos (Aron), que a Casa de Leis fará o possível para ajudar o Executivo a resolver o problema da saúde. Apesar disso, ele adiantou que a participação de Organizações Sociais (OSs) no sistema precisa ser mais bem explicado.
Valter Araújo lembrou que a Assembleia aprovou a criação da Saspro, para possibilitar ao Executivo a contratação de médicos com um salário melhor. “Depois disso veio a proposta das OSs, que para mim não está muito clara. Temos organizações como a das irmãs Marcelinas, que desenvolvem um trabalho sério, mas também tem muitos picaretas atuando, com restrições em diversos órgãos fiscalizadores”, adiantou.
De acordo com o parlamentar, é dever o Estado prestar atendimento médico, por isso não é necessário trazer as OSs para dentro da Secretaria de Saúde (Sesau) e repassar a elas dinheiro para pagar médicos. “O próprio Executivo pode gerir o sistema, sem essas OSs. É perfeitamente possível fazer uma saúde diferente e eficiente em Rondônia”, acrescentou.
O deputado disse reconhecer que a saúde pública está com problemas, mas afirmou ser inadmissível que um médico que foi convidado a ser secretário de Estado de Saúde e não aceitou o cargo “talvez porque não tenha competência”, vá à imprensa nacional denegrir a imagem de Rondônia. Segundo Valter Araújo, é preciso colaborar para melhorar o quadro.
Em seguida, ele citou o caso de um médico que trabalha para o Estado e também é proprietário de um hospital particular. O médico teria dito a uma senhora que ela deveria retirar o marido da rede pública, caso contrário ele morreria. “Ela levou o paciente para o hospital do médico. Acontece que teve que deixar lá uma promissória de R$ 22 mil. Eu tenho provas do que estou falando”, afirmou.
Câncer
Valter Araújo também destacou a parceria feita pelo Executivo com a Fundação Pio XII, mantenedora do Hospital do Câncer de Barretos. Foi cedida uma ala no Hospital de Base para tratar de pacientes com câncer e também uma área de 22 mil metros quadrados para a construção de uma estrutura maior. “Há um entrave devido à ação de uma promotora, mas acredito que isso será resolvido”, detalhou.
Foi o deputado Valter Araújo quem levou o presidente da Fundação Pio XII, Henrique Prata, para firmar acordo com o governador, para a instalação do Hospital do Câncer em Rondônia. O parlamentar citou que a Assembleia Legislativa tem trabalhado para ajudar o Executivo, mas apesar disso há setores tentando argumentar que os deputados fazem oposição ao governo.
“Há coisas que eu não posso admitir. Dizem que a Assembleia mudou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Isso não aconteceu. Adequamos a LDO devido a falhas que haviam. O Executivo previu um crescimento de 6,2% para os demais Poderes e ajustou seu próprio crescimento em 15,2%. E agora, no Orçamento 2012, o crescimento previsto é de 16,9%”, explicou Valter Araújo.
De acordo com o parlamentar, devido a essas falhas foi preciso adequar a LDO, mas isso não significa que a Assembleia Legislativa faça oposição ao Executivo. “Das 141 matérias encaminhadas à Casa de Leis, 120 foram aprovadas, 15 foram retiradas de pauta pelo próprio Executivo e o Orçamento está tramitando. Não fazemos oposição”, justificou.
DECOM/ALE/RO.
Autor: Nilton Salina.
Fonte/hojerondonia.com.