A precariedade das unidades de saúde e falta planejamento, também esteve na pauta da reunião.
A Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social, presidida pela deputada estadual Cláudia de Jesus (PT) esteve reunida na manhã de hoje (16), no Plenarinho 1 da Assembleia Legislativa (Alero). Na pauta a precariedade da regulação de pacientes do SUS, as estruturas físicas e de pessoal de as unidades de saúde do Estado, dentre outras prioridades do segmento, que envolve vidas humanas.
O deputado estadual Luizinho Goebel (Podemos), citou vários casos, que espelham a realidade da saúde pública no Estado. Um deles de uma criança do interior, que há 16 dias espera por uma avaliação de tumores que tem pelo corpo, de um cidadão de 60 anos, que sofreu AVC e não tem leito de UTI para os procedimentos exigidos e sobre a área de trauma ortopédico, onde há pessoas aguardando na fila –que não anda– de agendamentos.
Luizinho Goebel disse que tem ciência das dificuldades no segmento, porque saúde é sempre um desafio para o administrador público, “mas não podemos ficar falando ao vento. Temos que resolver os problemas, que os responsáveis pela área de saúde do governo apresentem planos, proposta, pois a Sesau tem centenas de servidores à disposição”.
Segundo o deputado, falta planejamento. O povo está em desespero, porque não consegue ser atendido dignamente pelo sistema de saúde do Estado. Também criticou as instalações físicas do Hospital e Pronto Socorro João Paulo II, que “mais parece um casarão abandonado, que agrava a saúde de os pacientes que chegam ao local para serem atendidos e sofrem um choque agravando seu estado”.
Todas as semanas, disse a deputada estadual Cláudia de Jesus, ela recebe reclamações sobre a precariedade da regulação. “Estamos sempre cobrando da Sesau solução para o problema, mas não se tem respostas. Nós temos que saber o que está ocorrendo”.
Se necessário for, argumentou a parlamentar, que seja realizada uma audiência pública abrangente, inclusive com participações de membros do Tribunal de Contas (TCE-RO), e de outros órgãos de fiscalização e orientação estadual, para que os problemas sejam solucionados. “Estamos cientes que não estamos somente cobrando, que é uma das nossas funções, mas queremos ajudar, colaborar para que as políticas públicas na saúde sejam praticadas e o povo atendido”, alertou.
A participação do Exército no Mutirão da Saúde realizado em Guajará-Mirim, na última semana, segundo a deputada Dra. Taíssa (Podemos), foi fundamental para o sucesso. “Foram mais de 700 pessoas atendidas na área de saúde”.
Foi apresentado pela deputada Taíssa, fotos de banheiros dos setores de ortopedia 1 e 2 do Hospital de Base em estado lastimável, sem as mínimas condições higiênicas de atender a demanda de pacientes.
Foi colocado no telão um vídeo de uma pessoa surda, internada há dias no PS João Paulo II, que não conseguia ser atendida, porque não tinha com quem conversar na linguagem Libras. A deputada Taíssa cobrou da Sesau, sobre a Central de Libras, que existe somente no papel, mas não funciona, pois, a pessoa surda estava há 4 dias internada e não foi medicada, porque não conseguia se fazer entender por médicos e enfermeiros.
Imagens de pacientes nos corredores e a precariedade dos banheiros do PS João Paulo II foram apresentadas pelo deputado Delegado Camargo (Republicanos), que participou como convidado da Comissão de Saúde. Ele sugeriu a criação de um grupo de trabalho e um cronograma sigiloso de visitações nas unidades de saúde do Estado, para checar “in loco” a situação de cada uma sem comunicação com antecedência.
Texto: Waldir Costa I Secom ALE/RO
Foto: Rafael Oliveira I Secom ALE/RO