A situação caótica da saúde na cidade de Guajará-Mirim foi constatada pelos deputados estaduais Valter Araújo (PTB), presidente da Assembleia Legislativa, Epifânia Barbosa (PT) e Ana da 8 (PTdoB), durante visita ao Hospital Regional e à construção paralisada da maternidade municipal.
Logo ao chegarem ao regional, os parlamentares se depararam com pacientes, a maioria crianças, na recepção tomando soro, com os pais segurando o suporte.
“É uma situação lamentável, que nos deixa tristes e com a responsabilidade de buscarmos uma solução. A estrutura física é precária e a realidade no atendimento é aquém da essencial”, declarou Valter Araújo.
A deputada Ana da 8 explicou que a falta de equipamentos, carência de profissionais e de serviços básicos, tem levado os pacientes a buscarem atendimento em Porto Velho. “Aqui, se atende a toda a região do Mamoré, inclusive pacientes da Bolívia. A situação está insustentável e precisa de uma solução imediata”, disse.
Acompanhando os deputados, o prefeito de Guajará, Atalíbio Pegorin relatou que a prefeitura gasta cerca de 30% do orçamento com a saúde, um teto duas vezes maior do que estipulado na Lei de Responsabilidade Fiscal. “Na realidade, a nossa maior necessidade é que o Governo reassuma o controle do hospital, pois o município não tem orçamento para mantê-lo com a qualidade que a população merece”, explicou.
O Hospital Regional dispõe de 70 leitos e funciona precariamente. Há um compromisso do Governo de Rondônia de colaborar para o bom funcionamento da unidade.
Sensibilizado com a situação dos pacientes e funcionários, o presidente decidiu adquirir e doar, como pessoa física, duas centrais de ar para a enfermaria e um freezer para a cozinha da unidade, permitindo mais conforto a todos. “Decidi fazer a doação, pois os pacientes e servidores sofrem com o calor e com a falta de um espaço para congelar ou refrigerar bebidas e alimentos”, observou.
Maternidade
Antes, o presidente acompanhado dos demais deputados conheceram as instalações da Maternidade Municipal, cujas obras estão paralisadas há anos.
“É um desperdício de dinheiro público essa obra parada e com problemas de infiltrações e estruturais, enquanto os pacientes são atendidos de forma precária no Regional. Queremos destinar recursos descontingenciados em emendas parlamentares, para que o Governo possa dar continuidade à obra, atendendo às exigências do Ministério da Saúde”, destacou Valter Araújo.
Com 35 leitos, duas salas de parto, uma de pós e de pré-parto, a conclusão da unidade custaria, segundo levantamentos preliminares, cerca de R$ 1 milhão.
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA ASSEMBLEIA
Autor: Eranildo Costa Luna:
Hojerondonia: