Desembargador determina fim da greve na educação em Rondônia

A greve dos trabalhadores em educação estaduais, iniciada dia 23 de fevereiro, ganha força e mais adesões a cada dia em todo o Estado. Prova do sucesso do movimento grevista são as reações por parte da Seduc, da PGE e do Palácio Getúlio Vargas.

Força da greve é comprovada pelas reações do governo do Estado

Além da ameaça da Procuradoria do Estado de reduzir em 40% o salário de mais de 5 mil professores de Magistério que elevaram nível, o governo entrou com ação cautelar na Justiça pedindo o fim da greve.

A Procuradoria do Estado pediu, na ação, que o TJ aplique umamulta de R$ 100 mil por dia caso a greve não acabe.  No final da tarde de terça-feira o desembargador Gilberto Barbosa Batista dos Santos concedeu liminar ao governo e determinou o imediato fim da greve, arbitrando não só a multa diária de R$ 100 mil para o Sintero, como também uma multa de R$ 2.000,00 para cada diretor do Sintero e de R$ 200,00 para cada trabalhador em educação. Cabe recurso.

Os trabalhadores, no entanto, não se intimidam e estão dispostos a intensificarem as manifestações em todo o Estado. Nesta terça-feira a média de adesão chegou a 80% em média.

Ainda nesta semana a direção do Sintero deverá discutir estratégias para reforçar a luta. No interior do Estado crescem os movimentos visando à formação de caravanas para a realização de protestos em Porto Velho.

Nesta quinta-feira está prevista uma reunião de negociação com o governador Confúcio Moura. O Sintero está convocando os trabalhadores em educação para concentração e assembléia a partir das 8 horas da manhã em frente ao Palácio do Governo.

O presidente do Sintero, Manoel Rodrigues, disse que não esperava da administração do governador Confúcio Moura uma postura parecida com a de administrações anteriores.

“O governador Confúcio Moura foi eleito prometendo valorizar a educação. A categoria depositou confiança no governador quando ele assinou um Termo de Compromisso, através do qual se comprometeu em repor as perdas salariais, aprovar um novo plano de carreira,m e a valorizar a educação de um modo geral. Para nossa surpresa, a Seduc vem agindo como se não conhecesse os compromissos do governador”, disse Manoel Rodrigues.

Do interior do Estado chegam muitos desabafos de trabalhadores em educação e manifestações de decepção. “Lembro anos atrás, quando ser professora era um grande privilegio na sociedade. Hoje quando alguém diz que quer ser professora ou professor é motivo de riso, piada. Onde foi parar a dignidade da categoria? O seu respeito, o seu valor? Se nem um salário digno tem? Vamos resgatar o nosso valor!!!”, comentou a professora Terezinha.

“Ver os Trabalhadores em educação nas ruas é uma evidência de que a política de assistência à educação repousa nas sarjetas”, diz o comentário enviado pela professora Cida.

Ao participar de reunião do comando de greve, o presidente do Sintero, Manoel Rodrigues, disse que não esperava que um governo que dizia valorizar a educação fosse entrar com ação na Justiça contra os trabalhadores em educação.

Manoel observou que o governo entrou com ação judicial antes mesmo da audiência de negociação, marcada para quinta-feira, o que revoltou ainda mais os trabalhadores em educação.

O presidente do Sintero explicou que a assessoria jurídica do Sintero já está tomando as providências para contestar na Justiça o pedido de suspensão da greve.

SINTERO.

FONTE/HOJERONDONIA.





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