O Ministério Público do Estado (MPE) confirmou na tarde desta segunda-feira que recebeu no último sábado, cópias do inquérito de primeiro e segundo graus relativas a Operação Apocalipse. As investigações foram alvo de duras críticas no final de semana por parte de membros do MPE, que anunciaram não terem tomado parte do trabalho de acompanhamento, como anteriormente haviam garantido delegados de Polícia. A declaração da existência de gravação entre o Procurador-Geral de Justiça, Heverton Alves Aguiar e o deputado Hermínio Coelho também causou estranheza uma vez que a Polícia e a juíza do caso em segundo grau vincularam essas autoridades, o que gerou revolta no MPE.
Para investigar os supostos excessos, os autos foram então solicitados com urgência da Polícia Civil e encaminhados ao promotor Tiago Cadore e ao procurador Ivo Scherer, que agora analisam todos os procedimentos. No caso do segundo grau, a Polícia disse que ainda não concluiu o trabalho de investigação.
Sobre a anunciada devassa no sistema “Guardião”, um software avançado para monitoramento de ligações telefônicas, o MPE informou que deve demorar ainda alguns dias, uma vez que depende de técnicos para a inicialização da auditagem, o que poderia ser feito pelo próprio fabricante, ou pela Polícia Federal. Nas requisições o MPE solicitou cópias de todo o inquérito policial, informações sobre todas as pessoas que tiveram seus telefones interceptados e o teor de todos os áudios e as íntegras dos diálogos. Parte desses áudios foram vazados pela Polícia a jornalistas e até mesmo advogados tem dificuldades de acesso.
RONDONIAGORA
REDAÇÃO HOJERONDONIA.COM