Com várias especialidades no currículo o médico atende a população de Pimenteiras e ainda encontra tempo para dar palestras e exercer a psiquiatria em sua clínica…
Aos 18 anos de idade o boliviano Fredy Santos Numbela desembarcou em Niterói, no Rio de Janeiro em 1958, para construir uma sólida carreira na medicina, em especial na saúde pública. Natural de Cochabamba, Fredy está no Brasil a 53 anos, dos quais 15 em Rondônia. Em 96 Fredy chegou a Vilhena e a um ano e meio está morando e trabalhando em Pimenteiras. Apesar de aposentado, continua exercendo com dedicação a profissão que escolheu.
Formado pela UF-Niterói em Ginecologia e Obstetrícia, nunca parou de estudar. Entre suas especialidades está a de clínica médica de anestesiologia, pós-graduação em administração hospitalar pela PUC do Rio, pós em acupuntura pela ABACO, do Rio, saúde pública em Miami (EUA). Em fevereiro deste ano concluiu mais uma especialidade: pós em clínica psiquiátrica e psicanálise, pela Faculdade Estácio de Sá, do Rio.
Durante todos estes anos conciliou várias funções na saúde pública, como a de chefe de ginecologia e obstetrícia da Fundação Médica Hospitalar São Silvestre, de Araruama (RJ), onde também foi chefe da perícia médica do INSS, auditor do INSS, coordenador médico do antigo INAMPS, entre outros. Em Pimenteiras Fredy é médico da família. Na nova administração do prefeito Vino Dondê encontrou o apoio que precisava para implantar sua clínica médica. Contratado pela prefeitura atende a população do município. Criterioso e metódico implantou um sistema de acompanhamento de todos os seus pacientes, devidamente cadastrados. Por meio do sistema organizado tem estatísticas das doenças comuns na região, as moléstias freqüentes de seus pacientes e o controle da medicação, as mais usuais. “Com este registro consigo ter todas as informações dos pacientes e a medicação que eles precisam de forma que possamos evitar desperdícios e economizar para os cofres públicos”, explica. A baixa densidade populacional e o pequeno número de habitantes (2.322/IBGE-2010) ajudam no controle implantado pelo médico.
Aos 71 anos, idade em que muitas pessoas já pararam de trabalhar ou estão se aposentando, Dr. Fredy nem pensa em parar. Continua dando palestras sobre saúde mental, atendendo em sua clínica de psiquiatria e psicanálise, e no serviço público. Idealista, enxerga a medicina não apenas como uma profissão, mas uma forma de servir a sociedade. E para servir é preciso aprender sempre. Ensina que uma das maneiras de prevenir doenças é levar aos pacientes conhecimentos e informações, por essa razão está sempre à disposição para repassar seus conhecimentos acumulados em anos de formação e especializações. Desde que se formou decidiu que buscaria o interior para levar a medicina para a população. Atuou no interior do Rio de Janeiro e no interior de Rondônia. Aposentado, poderia se dar por satisfeito e refazer o caminho de volta, mas decidiu ficar e continuar exercendo a medicina curativa e de preventiva. Os pacientes, tão vilipendiados em seus direitos a uma saúde de qualidade, agradecem.
Autor: Vitor Paniagua/Hojerononia.
Foto: Wilmer G. Borges.
