ELEIÇÕES 2014: AS BOAS CHANCES DE LÚCIO MOSQUINI

O ano de 2014 começou pleno de boas perspectivas para o diretor do DER, Lúcio Mosquini, que consolida um patrimônio espetacular e incontestável de realizações em todo o estado. Isso o credencia a postular até com certa facilidade uma vaga na Câmara Federal. É claro que ele pensa em deixar o cargo para um suplente de forma a continuar à frente do DER, talvez transformado em uma imensa Secretaria de Infraestrutura, que iria incorporar várias outras pastas. Estaria assim pronta a base para pavimentar seu caminho rumo ao governo do estado na sucessão de Confúcio Moura.

Pelo andar da carruagem, contudo, a ideia parece caminhar para a condição de “plano b”. É que são a cada dia mais claros os sinais emitidos pelo governador, que parece não querer mesmo disputar a reeleição e que teria Mosquini como candidato preferencial. Não há quem possa – a não ser alguns adversários mais apaixonados do que racionais – discordar da realidade: Confúcio tem hoje a reeleição assegurada. E a terá garantida no primeiro turno até outubro. Mas ele mesmo já confidenciou a diversos interlocutores que prefere voltar para casa.

Aí a coisa pega. Confúcio tem, mas o PMDB não tem outro nome para substituí-lo, a não ser que a deputada Marinha Raupp resolva deixar sua cadeira praticamente cativa na Câmara Federal para encarar o desafio. Seria, claro, um banho. Caso no entanto a deputada permaneça irredutível, entra Lúcio Mosquini, nome consolidado administrativamente em todo o estado, mas sem qualquer patrimônio eleitoral. Até agora. Se hoje não consegue sair do traço nas pesquisas, pois nunca disputou uma eleição, Lúcio Mosquini tem a seu favor a reconhecida competência como tocador de obras, que é o que vale em Rondônia, além de ser um nome novo, com rejeição zero e o apoio de um governador vitorioso.

Classe política em baixa

Alvo de retumbantes e merecidos massacres nas redes sociais e na mídia em geral, a classe política, com gente do quilate de Renan Calheiros e sua cabeleira recém-implantada, José Sarney e sua vasta bigodeira, e por aqui, Mauro Nazif, inauguram o ano eleitoral conscientes de que terão que rebolar para conseguir sucesso nas urnas. Sarney já anunciou a disposição de se aposentar, mas não poderá de forma alguma deixar de participar para continuar elegendo toda a família.

Tudo indica, porém, que o prefeito Mauro Nazif terá, mais por méritos alheios, condições de mudar para melhor a opinião negativa generalizada em Porto Velho, de forma a fortalecer a legenda da qual vai precisar para tentar a reeleição mais à frente. Alguns gargalos da administração municipal poderão ser suprimidos, especialmente com a ajuda do governo do estado, como é o caso da Rua da Beira e de uma carrada de outras vias urbanas que serão asfaltadas pelo DER, livrando o prefeito de um abacaxi que ele jamais teria recursos para descascar.

Acrescente-se a isso a conclusão das obras dos viadutos pelo DNIT, a abertura ao tráfego da ponte sobre o rio Madeira e o novo espaço alternativo – um projeto espetacular, que vai transformar a Jorge Teixeira em um verdadeiro cartão postal –  e a cidade irá finalmente se livrar desse jeito de terra arrasada. Está certo que não vai aí nem um mísero centavo de investimento da municipalidade, mas isso é o que menos importa na hora do vamos ver.

E mais: mesmo com a bobagem de mudar a mão de direção da Sete de Setembro, o projeto de mobilidade urbana da Prefeitura terá recursos para sinalizar as vias urbanas e preparar o discurso de sua excelência. Alguma coisa como “Falam mal de mim, mas vejam como a cidade está bonita”. Ilude-se, portanto, quem imaginar que Nazif não pensa em reeleição. Até porque ele próprio não acredita que está hoje tão mal assim nas paradas.

Da mesma forma não há quem, na Assembleia, acredite que não vai ser possível se reeleger. Os deputados, de uma forma geral, acreditam que vai ser grande índice de renovação. Mas, possuidores de uma autoestima exacerbada, acreditam que os condenados pela opinião pública são os outros. Que o povo dificilmente irá se lembrar do que andaram fazendo e que os votos virão. Basta algum dinheiro, claro.

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REDAÇÃO HOJERONDONIA.COM




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