Emater orienta agricultores no curtimento de peles de ovinos

Extensionistas da chamada pública de assistência técnica e extensão rural (Ater), do contrato entre a Emater e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) realizaram no Território da Cidadania Central, na região de Ji-Paraná, um curso para capacitação em curtimento de peles de ovinos. O curso foi realizado na Linha 208, Lote 34, Gleba 33, km 11, na propriedade do produtor José Ely Santos de Oliveira e contou com a participação de 15 agricultores familiares.
O curtimento é o processo pelo qual a pele passa para se transformar em substâncias estáveis, imputrescíveis capazes de durar anos, preservando suas características naturais. Segundo artigo publicado pelo engenheiro agrônomo Ph D. Enéas Reis Leite, da Embrapa Caprinos, em Sobral, no Ceará, “o Brasil tem um grande mercado potencial para produtos derivados das peles de pequenos ruminantes domésticos, apresentando, também, condições favoráveis para a produção de calçados e vestuário em quantidades suficientes para suprir a demanda interna e gerar excedentes exportáveis”
Em Rondônia alguns criadores de ovinos, através da Associação de Ovinocultores de Rondonia (AORO), vêm lutando para disseminar a criação do animal em pequenas propriedades e a ideia de se trabalhar a pele vem ganhando força. O curso realizado pela Emater teve por objetivo reforçar essa ideia e orientar os agricultores para um melhor aproveitamento das peles desses animais, através de técnicas simples e baratas de curtimento.
Segundo o extensionista da Emater, Alexandre Notti Miranda, zootecnista que ministrou o curso, o agricultor tem grande dificuldade para conservar e armazenar as peles dos ovinos na propriedade rural, e isso faz com que ele não tenha o aproveitamento desejado dessa matéria prima, onerando ainda mais sua atividade. “O que propomos é ensinar técnicas simples e baratas de curtimento visando o seu aproveitamento com o objetivo de agregar valor aos produtos da ovinocultura”, diz.
O curso apresentou técnicas que vão desde o abate, esfola, lavagem, descarne e desengorduramento da pele, até a conservação, acondicionamento e análise de defeitos. No decorrer do curso foram apresentados também, estudos sobre os diferentes tipos de curtimento (vegetal e mineral). Os agricultores tiveram a oportunidade de praticar o ato de curtir cada um a pele de seus animais através da metodologia “aprender a fazer fazendo” e assim obter melhor conhecimento sobre a atividade.
Wania Ressutti
Jornalista – SRTE/DRT/RO-959
EMATER-RO
FONTE/HOJERONDONIA.




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