A iniciativa promoveu formação gratuita em teatro para 52 alunos de Vilhena e da Comunidade Quilombola de Santa Cruz, valorizando a cultura amazônica.
A Escola Livre de Arte e Cultura Diversidade Amazônica, coordenada pela Associação Cultural, Educação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Diversidade Amazônica (ACEMDA), proporcionou a formação teatral gratuita a 52 alunos, incluindo crianças, adolescentes e jovens. Os beneficiados vieram de bairros periféricos de Vilhena (RO) e da Comunidade Quilombola de Santa Cruz, localizada em Pimenteiras do Oeste (RO), participando da oficina “Amazônia Encenada: Personagens da Floresta”.
A iniciativa integra o projeto da Escola Livre de Arte e Cultura Diversidade Amazônica, selecionada no Edital Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura – Programa Olhos d’Água, do Ministério da Cultura. Realizada entre setembro e outubro de 2024, a oficina contou com 20 horas de atividades teóricas e práticas que exploraram a arte da interpretação teatral e a rica cultura da região amazônica.
A oficina garantiu acessibilidade plena aos participantes ao incluir interpretação em Libras nas atividades, permitindo que pessoas surdas ou com deficiência auditiva pudessem participar de forma ativa e integrada. Essa abordagem inclusiva reforça o compromisso do projeto com a democratização do acesso à arte e à educação, valorizando a diversidade e promovendo a igualdade de oportunidades entre os alunos.
Os participantes também assistiram à palestra “Amazônia Viva: Conectando Corações e Saberes – Compreendendo e Valorizando a Cultura Amazônica”. Divididos em duas turmas – uma em Vilhena e outra na Comunidade Quilombola de Santa Cruz –, os alunos receberam certificados ao final do curso, reconhecendo o aprendizado e as habilidades desenvolvidas.
A oficina foi conduzida pela arte-educadora Tábatta Iori, profissional com mestrado em Artes Cênicas, formação técnica em Artes Circenses e bacharelado em Artes Cênicas, com especialização em Interpretação Teatral. Com vasta experiência em oficinas teatrais, Tábatta trouxe uma abordagem envolvente que conectou os alunos à cultura local por meio da arte.
“Vocês são os verdadeiros contadores de histórias. Tudo o que fazemos no palco reflete o que vivemos, sonhamos e acreditamos”, disse Tábatta em uma das aulas, enquanto incentivava os participantes a improvisarem cenas inspiradas em suas experiências pessoais.
Para muitos dos 52 alunos, a oficina de teatro não foi apenas um curso: era um portal para novos mundos. Entre risadas, olhares atentos e movimentos de cena ensaiados, emergia algo mais profundo — a descoberta de si mesmos e da rica cultura amazônica que os rodeia.
Para Milena Ferreira, adolescente de Vilhena, a oficina foi uma oportunidade única de adquirir novos conhecimentos. “Eu nunca pensei que poderia estar em um palco, e a oficina trouxe essa possibilidade de sonhar”, disse Milena, que, assim como muitos outros alunos vindos de bairros periféricos de Vilhena, encontrou na oficina uma forma de expressar emoções.
Victor de Oliveira e Tailani Macedo Nery, jovens da Comunidade Quilombola de Santa Cruz, também destacaram a importância e o impacto positivo da experiência. “Foi muito gratificante participar”, afirmou Tailani. “Foi como abrir uma janela para o mundo. Cada movimento, cada palavra, nos fez sentir conectados às nossas raízes e ao futuro que podemos construir”, explicou Tailani, emocionada.
“A Oficina de Teatro Amazônia Encenada: Personagens da Floresta proporcionou aos jovens não apenas o contato com a arte teatral, mas também uma conexão profunda com a cultura amazônica. Nosso compromisso é democratizar o acesso à arte e à educação, fortalecendo as comunidades de Vilhena e da Comunidade Quilombola de Santa Cruz”, destacou Andréia Machado, coordenadora da Escola Livre de Arte e Cultura Diversidade Amazônica.
Sobre a Escola Livre de Arte e Cultura Diversidade Amazônica
A Escola Livre de Arte e Cultura Diversidade Amazônica integra a Rede Nacional de Escolas Livres, iniciativa do Ministério da Cultura por meio da Secretaria de Formação, Livro e Leitura (Sefli). Composta por 68 organizações da sociedade civil, a rede promove diversas linguagens artísticas e culturais em todo o país. A Escola Diversidade Amazônica continua oferecendo atividades que beneficiam crianças, adolescentes e jovens, ampliando o acesso à educação artística e cultural em regiões periféricas e comunidades tradicionais.
Texto e fotos: Assessoria