Esta quarta-feira (31) foi um dia diferente para os alunos da Escola Estadual Senador Ronaldo Aragão, em Vilhena. As aulas tradicionais, em sala, foram dadas somente até na hora do recreio, tanto no período matutino quanto no vespertino. Depois do intervalo, os alunos tomaram conta do pátio da instituição para participar da “1ª Leitura Viva na Escola”, uma ação pedagógica do Programa de Melhoria na Escola (PME), desenvolvida pela coordenadoria da Sala de Leitura da entidade. O objetivo é tornar a aula mais atraente e despertar o gosto pelo mundo fantástico da leitura.
Os alunos do 4º Ano “A” abriram o evento, pela manhã, encenando “A casa sonolenta”, narrativa de Andrey Wood, adaptada para o teatro pela professora Lucileide Teles. À tarde, foi a vez de oito alunos do 5º Ano “B” dar início às atividades. Eles apresentaram a peça de teatro “A galinha ruiva”, fábula recontada por Elza fiúza e adaptada para o palco da escola pela professora Aparecida Donizete de Souza.
Em seguida, os estudantes escolhiam seus livros prediletos entre dezenas de títulos da literatura infanto-juvenil que ficaram à disposição numa tenda montada especialmente para o projeto. Entre as obras tinham fábulas e contos; poemas como “Berimbau”, de Manuel Bandeira; história em quadrinhos, como “O Menino Maluquinho”, do Ziraldo; clássicos como “Os Três Porquinhos” e “A Bela Adormecida”; e literatura de cordel como “A Peleja do Violeiro Magrilim com a Formosa Princesa Jezebel”, de Fábio Sombra.
Várias mesas e cadeiras foram colocadas no pátio. Mas os pequenos leitores preferiram apreciar as histórias bem mais à vontade. Uns sentados em tapetes ou sobre o conforto de almofadas e travesseiros. Outros em redes armadas num corredor da escola. Alguns aproveitaram a leitura deitados numa cama. E teve turma que escolheu ler à sombra de uma jaqueira.
A aluna do 5º ano Karina Carvalho, de 11 anos, disse que adora ler. “Em casa tenho vários livros. Com eles conheço muita coisa e aprendo a escrever melhor”. A cabeleireira Rúbia Ferreira da Silva era uma das mães que estavam na escola acompanhando a atividade extraclasse. “Vim para incentivar minha filha Vitória [de 7 anos] a gostar de ler. Em casa é mais difícil ajudá-la nos estudos”, declarou.
De acordo com a supervisora Marlice Martins Rodrigues, professores e gestores ainda vão se reunir para avaliar os resultados da 1ª Leitura Viva na Escola. “Mas, como o projeto contou com o empenho de todos os professores e a boa aceitação por parte dos alunos, creio que daremos continuidade nos próximos anos”, adiantou.
Texto e fotos: Jovino Lobaz/Ascom Seduc
REDAÇÃO HOJERONDONIA.COM
