Filho de Hermínio e os traficantes Fernando da Gata e Beto Baba também são presos.Assembleia e Câmara nomeavam comissionados indicados por traficantes, diz polícia…
O Tribunal de Justiça de Rondônia determinou o afastamento, por quinze dias renováveis por igual período, dos deputados estaduais José Hermínio Coelho (PSD), presidente da Assembleia Legislativa; Ana Lúcia Dermani , a Ana da 8 (PT do B); Adriano Boiadeiro (PRP), Jean Oliveira (PSDB) e Cláudio Carvalho (PT), todos acusados de envolvimento com uma quadrilha de traficantes de droga e estelionatários cujos chefes – Fernando Braga Serrão, o Fernando da Gata , e Alberto Ferreira Siqueira, o Beto Baba – foram presos nesta quinta-feira durante a Operação Apocalipse.
Também foram presos os vereadores Jair Montes e Marcelo Reis , da Câmara Municipal de Porto Velho. Até o fechamento desta reportagem o vereador Eduardo Rodrigues ainda não havia sido preso. Os três também são acusados de envolvimento com a quadrilha, assim como os vereadores Cabo Anjos e Pastor Delson, contra quem não foram expedidos mandados de prisão, mas apenas de busca e apreensão nas residências. Outro que foi preso é o presidente do PHS, Herbert Linz, assessor do Governo do Estado.
FILHO DE HERMÍNIO É PRESO
Na mesma operação foi preso Roberto Guedes Coelho, filho do deputado Hermínio Coelho. Contra ele pesam as acusações de formação e quadrilha e estelionato.
Durante entrevista à imprensa na manhã desta quinta na sede da Associação dos Delegados de Polícia, em Porto Velho, o secretário de Segurança, Marcelo Bessa, disse que esta quadrilha começou a ser investigada há um ano e meio. O bando, entre outros crimes, é acusado de ter feito a mais sofisticada fraude de cartões de crédito no Brasil.
Foram instaurados dois inquéritos para investigar a quadrilha, um tramitando na Vara de Entorpecentes de Porto Velho e outro no Tribunal de Justiça.
Nesse período, foi descoberto que a quadrilha fiunanciava campanhas políticas, como de Marcelo Reis, o vereador mais votado na capital, Jair Montes e Eduardo Rodrigues, além das candidaturas de Ana da 8 e Adriano Boaiadeiro. Os demais acusados se relacionavam com a quadrilha, conforme escutas telefônicas autorizadas pela justiça, ou favoreciam, de alguma forma, o bando.
Em troca de apoio financeiro para as campanhas eleitorais, os chefes da quadrilha indicavam pessoas para serem nomeadas em cargos comissionados na Assembleia e na Câmara. Estes servidores não trabalhavam – eram fantasmas – e os pagamentos iam para o bando. “Era o crime organizado financiando o poder político”, disse o secretário Marcelo Bessa.
No caso de Hermínio Coelho, que foi proibido pela justiça até de pisar na sede do legislativo, ele , segundo a polícia, nomeava para cargos comissionados os indicados pela quadrilha de traficantes e estelionatários. Entre as atividades da quadrilha estavam tráfico de droga e fraude com cartões de crédito.
Da reportagem do Tudorondonia
REDAÇÃO HOJERONDONIA.COM