Ex-servidora da Assembleia Legislativa de Rondônia denuncia possível assédio sexual e moral no gabinete de deputado. Vídeo


Procurado pelo site Tudorondonia, o deputado Ribeiro do Sinpol negou as acusações, afirmando que as denúncias não seriam dirigidas a ele, mas sim ao presidente da Associação dos Policiais Civis Aposentados e Pensionistas do Estado de Rondônia, Humberto Jhonson de Castro Inácio, responsável pela indicação da ex-servidora para a função no gabinete parlamentar

Porto Velho (RO) – A ex-servidora comissionada da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), Helena Bongiolo Terra, divulgou nas redes sociais um vídeo em que relata ter sido vítima de suposto assédio moral, psicológico e sexual enquanto atuava no gabinete do deputado estadual Ribeiro do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Rondônia). Segundo ela, o autor das condutas seria seu chefe , a quem descreve como “homem público, influente e poderoso”. CONFIRA O VÍDEO NO FINAL DA MATÉRIA.

Na gravação, Helena afirma ter enfrentado medo, ansiedade e culpa, relatando que foi ameaçada e permaneceu em silêncio por um longo período. Ao tentar formalizar as denúncias, conforme declara no vídeo, foi desacreditada, exonerada e perdeu o emprego, a estabilidade e a paz, além de continuar sendo perseguida. “Essa história é minha. Infelizmente, não é a única”, diz em trecho da postagem.

Procurado pelo site Tudorondonia, o deputado Ribeiro do Sinpol negou as acusações, afirmando que as denúncias não seriam dirigidas a ele, mas sim ao presidente da Associação dos Policiais Civis Aposentados e Pensionistas do Estado de Rondônia, Humberto Jhonson de Castro Inácio, responsável pela indicação da ex-servidora para a função no gabinete parlamentar. Ribeiro alegou, ainda, que não chegou a conhecer Helena pessoalmente e que ela desempenhava suas atividades externas ao gabinete.

Apesar da alegação do deputado, o vínculo funcional de Helena era com o gabinete de Ribeiro do Sinpol na ALE-RO, o que mantém o parlamentar como responsável administrativo pelas condições de trabalho da servidora.

Ainda segundo o deputado, há inquérito em andamento na Delegacia da Mulher sobre o caso e cerca de 20 registros policiais e ações judiciais relacionadas ao episódio, que tramitam sob segredo de Justiça. Ribeiro informou que buscará medidas judiciais para retirar o vídeo das plataformas digitais e diz que a mulher mente e teria interesses financeiros.

A reportagem do Tudorondonia aguarda o posicionamento oficial de Humberto Jhonson de Castro Inácio, que pode ser feito por meio dos canais de contato do portal (Fone/WhatsApp 69 9 9962 3981, e-mail: tudorondonia@gmail.comrubinhopvh@gmail.com (editor). Da mesma forma, a ex-servidora Helena Bongiolo Terra também pode apresentar informações adicionais à redação, localizada na Rua Miguel Chakian, 378, bairro Nova Porto Velho.

Procurada, a  Diretoria Geral da Assembleia Legislativa do Estado informou que não recebeu nenhuma denúncia formal ou informal de assédio sexual relacionada a Helena Bongiolo Terra.

Leia a íntegra da transcrição do vídeo:

“Ela foi assediada, moralmente, psicologicamente, sexualmente pelo próprio chefe. Um homem público, influente, poderoso. Sentiu medo, ansiedade, culpa, foi ameaçada e por muito tempo silenciou. Quando teve coragem de denunciar, foi humilhada, desacreditada, exonerada. Perdeu tudo, o emprego, a estabilidade, a paz e mesmo assim foi perseguida. Enquanto ele, impune. Essa história é minha, infelizmente, não é a única.

No Brasil, cerca de 40% das mulheres já sofreram violência sexual no ambiente de trabalho. Dessas, 60% não denunciaram, por medo. Em 2023 as denúncias dobraram, mas isso não significa que as coisas estão melhorando. Significa que as vítimas estão cansadas de se calar. Até onde vai a impunidade de pessoas públicas, influentes e poderosas? Quantas mulheres ainda vão ser silenciadas, culpadas e punidas por falar a verdade?

A luta contra o patriarcado é urgente. Nós precisamos ouvir as vítimas, proteger as suas vozes, responsabilizar os agressores. Não importa o cargo que ocupem. Chega de silêncio, chega de medo e chega de impunidade. Se você sofre ou já sofreu violência sexual no ambiente de trabalho ou em qualquer hipótese, qualquer situação na sua vida, procure o Ministério Público ou a Delegacia da Mulher e denuncie”.

Fonte: Por Tudorondonia

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