Falta de comando e mudanças na Sejus preocupa Sindicato dos Agentes penitenciários de Rondônia

ASSESSORIA:

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Rondônia- SINGEPERON, Anderson Pereira, declarou na tarde desta terça-feira (6) que a diretoria do sindicato está apreensiva com a notícia da exoneração da secretária de Estado de Justiça, Mirian Spreáfico e reafirma a importância do diálogo entre a categoria e o Executivo Estadual.

Pereira lembrou que determinado website de notícias veiculou na semana passada a informação de que a exoneração da Secretária de Justiça ocorreria nos próximos dias devido à sua fraca atuação, denúncias de corrupção envolvendo a secretaria de Estado de Justiça (SEJUS) e também pela falta de diálogo com o sindicato.

Anderson Pereira, presidente do Singeperon, e o advogado Gabriel Tomasete.

 

O presidente acrescentou que “a falta de diálogo se deu por culpa exclusiva da ex-secretária e prova disso é que conseguimos conversar com os demais representantes do Governo e colocar fim à possível greve. Mas, com ela, não havia abertura alguma”.

Para Anderson, a saída da secretária pode estar vinculada às prisões recentes, desencadeadas pela Operação Termópilas, da Polícia Federal, que também realizou buscas nas dependências da SEJUS. “Não descartamos essa possibilidade, pois todos os contratos e pagamentos são realizados pelo titular da pasta. Existem muitas perguntas sem respostas ainda”, explicou Anderson.

PCCS

A diretoria do SINGEPERON lembra que o maior anseio da categoria é o Plano de Cargos, Carreiras e Salários e garantiu que, independentemente de quem estiver à frente da pasta, essa luta continuará sendo encampada pelo sindicato, como já ficou claro ao longo desses meses de batalhas e conquistas para a melhoria salarial e das condições de trabalho.

Extinção da SEJUS

Diante de toda essa movimentação no Governo do Estado, há também a informação de que a secretaria de Justiça poderá ser extinta, voltando a ser uma mera superintendência vinculada à secretaria de Estado de Segurança.

O advogado do SINGEPERON, Gabriel Tomasete, especialista em gestão penitenciária, não acredita que o Governo atual fará esse “retrocesso”. Tomasete afirma que “a criação da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária em 2005 e posteriormente a SEJUS em 2008 foram avanços incontestáveis e muito bem vistos pelos órgãos vinculados à execução penal no Estado, Governo Federal e até mesmo pela Corte Interamericana de Direitos Humanos”.

Gabriel, que já foi secretário-adjunto de Justiça na gestão passada, lembra que “a criação da escola de formação própria para os agentes penitenciários e sócio-educadores foi uma grande conquista. Ela precisava ser independente e não ligada às polícias”.

O presidente do SINGEPERON alerta que o sindicato recebeu a notícia de extinção da Sejus (não oficial) com muita indignação e que boa parte dos agentes já sinalizou que não a aceitará e possivelmente decidirá pela paralisação das atividades como protesto caso esse possível plano do Governo avance.

Anderson frisa que “quem prende não pode cuidar. São visões totalmente diferentes e que se chocarão se estiverem sob a responsabilidade da mesma secretaria”.

Fonte/hojerondonia.com





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