Eleição
É uma briga de foice. A eleição que vai renovar, ou perpetuar a antiga diretoria do Sintero está pegando fogo. Acusações sobram, propostas mínguam. Também pudera. O Sintero, que em tese representa os trabalhadores em educação de Rondônia, movimenta uma fortuna anualmente, cujo valor ninguém sabe ao certo, uma vez que no site do sindicato anuncia-se que a prestação de contas de 2010 foi aprovada, sem maiores detalhes, porém, calcula-se que é maior que muitas receitas de prefeituras. Diante de tanto dinheiro é natural que a cobiça provoque acusações de todos os lados.
Fidel
Duas chapas concorrem à eleição. De um lado a diretoria atual quer manter o poder de mando no sindicato. Do outro a chapa concorrente promete enxugar a gastança da entidade e ser de fato transparente. Passou da hora de os trabalhadores em educação darem uma oxigenada no sindicato renovando sua diretoria. Fará bem para a instituição, talvez não para os atuais donos do poder que estão por lá por 22 anos, rivalizando com Fidel Castro, o ditador cubano.
Pintor
O pintor e sabe-se agora, ex-presidente dos criadores de peixes em rede, Isomar Nunes, corre o risco de ser o elemento folclórico da eleição municipal do ano que vem. Primeiro, com estardalhaço na mídia, abandonou o PV e se bandeou para o PPS, por entender que lá no PV serviria de escada para candidatos mais forte. Mal sabe ele que o PPS de Cahulla vai caminhar com o PV de Luizinho Goebel no ano que vem. Agora, assunto novamente da mídia, foi expulso da associação de pescadores que presidia acusado de improbidade em sua gestão. Mas ele alega mesmo que foi tirado do cargo por manobras políticas para atrapalhá-lo no ano em que ele melhor estará em condições de se eleger vereador. É uma hipótese pouco provável. Tendo concorrido em 2004 à Câmara, Isomar recebeu 33 votos, o que provavelmente não motivaria ninguém em sã consciência a ficar lhe perseguindo.
Negra
No próximo dia 20 comemora se o Dia Nacional da Consciência Negra. A cidade de Pimenteiras, onde cerca de 70% da população é negra de origem quilombola, vai realizar, pela terceira vez, a escolha da mais bela negra do município, uma forma de homenagear a beleza da mulher negra. Vale a pena conferir.
Casa Grande e Senzala
E por falar em beleza negra, apesar dos ânimos já amainados após o anuncio de que uma negra foi escolhida para representar a nata branca da sociedade vilhenense, o assunto ainda rende. A ponto de a eleição ir para enquete de site de notícias. É a prova mais do que inconteste de que o racismo, que a sociedade brasileira não assume de público, está enraizado na sociedade e grassa sorrateiramente como fogo em pó de serra. Resultado à parte com justiça ou não, com manobras em prol desta ou daquela ou não, é necessário refletir enquanto sociedade se a reação se deu por critérios físicos ou raciais. Se foi pelo segundo é bem provável que ainda não abandonamos a casa grande e a senzala.
Culpado
E o ex-prefeito Bau, de Cabixi, decidiu encontrar um culpado para a fragorosa derrota que sofreu nas urnas na disputa pela prefeitura. Segundo ele foi a compra de votos por parte da coligação de Izael Dias (PTB), que concorria com seu candidato Jorge Batista (PR). Bobagem. Não houve nada disso. Houve uma vontade da população de oxigenar a administração municipal, assim como fez com o grupo de Milton Saiki, que comandou o município muito tempo. Reconhecer a derrota é digno de bons concorrentes.
Erros
Entre os erros de Bau foi o de provocar os deputados dizendo que eles seriam envergonhados na cidade, uma vez que por ela nada fizeram. Com a prefeitura no CADIN (não entendo como um prefeito deixa a prefeitura ira para o Cadastro de Inadimplentes uma vez que sem ele limpo o município não pode receber recursos nenhum), ficou fácil jogar a culpa nele por não ter viabilizado recursos para Cabixi. Quando Bau ainda conseguia manter o nome limpo da prefeitura no CADIN, recebia muitos recursos aprovados por deputados, senadores e o governo estadual.
Por: Vitor Paniagua:
Hojerdonia.com: