Fernando Máximo na PF: ele não sabe, não viu, não lembra. Quem pegou propina não foi ele, foi um colega dele

‘iriam morrer de qualquer forma’. A aparente frieza só pode ser comparada com a suposta cara de pau: ‘não tô defendendo a empresa não’

E agora há a denúncia de que Fernando teria contratado uma suposta fantasma. Mas não é o espírito de alguém que morreu enquanto os kits não chegavam a Rondônia. Trata-se de alguém que não cumpre expediente, no caso a esposa do prefeito de Alta Floresta.

Quem vê as mais de duas horas de depoimento do deputado federal Fernando Máximo (União Brasil-RO) à Polícia Federal fica perguntando o que diria o capitão Nascimento, personagem do filme Tropa de Elite. Fernando era o 01 da Secretária de Estado da Saúde (Sesau) à época em que foram comprados 100 mil kits de teste rápido de covid.

A Polícia Federal apurou que 10% dos mais de R$ 10 milhões pagos pelos kits, que não eram registrados na Anvisa e não funcionavam como deveriam, seriam pagos de propina. “Meu Deus do céu”, disse Fernando Máximo, ao receber a informação.

Ele não sabe, não viu, não lembra. Quando o delegado lhe explica que interceptação de mensagem telefônica demonstrou o pagamento de propina, Fernando diz não saber que na Sesau existia esse tipo de coisa. Ele era o secretário, e a compra dos testes foi “fechada” em um espaço de duas horas, em um sábado, por um valor superior a R$ 10 milhões.

O delegado chega a informar que houve uma interceptação de conversa telefônica da mulher que vendeu os kits de teste rápido à Sesau. O filho dela adoeceu e ela disse para não fazer o teste rápido, porque os kits não prestavam. Fernando reconheceu que a eficácia do material comprado era baixa. Ele diz que era assim no mundo.

Mas o que mais impressiona é a aparente frieza de Fernando Máximo, quando o delegado fala das pessoas que morreram durante os 40 dias que os testes demoraram para chegar a Rondônia. “Iriam morrer de qualquer forma”, diz o deputado federal. Quer dizer que agora Fernando é Deus, para saber quem morreria e quem não morreria, se a doença fosse identificada a tempo, para ser tratada.

A aparente frieza de Fernando Máximo só não é maior do que a suposta cara de pau. “Não tô defendendo a empresa não”, disse ele. Isso enquanto atacava o Ministério Público, dizendo não saber porque o MP dizia que a empresa é de fundo de quintal.

Esse vídeo deverá acompanhar deputado federal pelo restante de sua trajetória política. Ele, como deputado federal, está dando um jeito de ampliar as alianças, e agora aparece a denúncia de que supostamente teria contratado uma funcionária fantasma.

Fantasma

Aqui não está se falando do espírito de alguém que morreu durante o atraso da chegada dos kits de teste rápido. A denúncia é que Fernando Máximo contratou para seu gabinete a esposa do prefeito de Alta Floresta, Phatrícia Hellen. Ainda conforme a denúncia, ela trabalha todos os dias de semana no consultório dela, mas mesmo assim está nomeada no gabinete de Fernando, no cargo de secretário parlamentar.

A denúncia chegou até o blog, juntamente com a cópia de um documento para ser encaminhado ao Ministério Público, pedindo para que sejam tomadas providências visando a exoneração da primeira dama de Alta Floresta. Ou então, que seja pelo menos exigido que ela trabalhe na Câmara Federal, cumprindo expediente.

O morador que apresentou a denúncia está indignado, afirmando que o prefeito não deveria aceitar esse tipo de coisa.

Fonte: AUTOR: SALINANILT/blogentrelinhas.com.br





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