Investigações apontam que Naézio e Dalberson da Silva Santos eram responsáveis pelo envio de entorpecentes para Rondônia, mas após sumiço de carregamento passaram a ser cobrados pelo valor da carga. Nesta terça-feira (18), Polícia Civil de Acrelândia deflagrou a Operação Dívida Amiga e prendeu oito dos nove suspeitos. Naezio da Silva Santos (esq.) e Dalberson da Silva Santos (dir.) eram filho e neto de ex-policial civil de Rondônia condenado por homicídio — Foto: Reprodução
Naézio e Dalberson da Silva Santos foram assassinados em maio deste ano por conta de uma dívida de drogas. O filho e neto do ex-policial civil de Rondônia Joaquim Raimundo Silva, respectivamente, eram responsáveis pelo envio de entorpecentes para o estado vizinho, mas um carregamento sumiu e estavam sendo cobrados o valor da carga.
As informações são da Polícia Civil de Acrelândia, interior do Acre. Nesta terça-feira (18), foi deflagrada a Operação Dívida Amiga, que resultou na prisão de oito suspeitos de participarem da morte das vítimas.
Moradores acharam os corpos no Ramal Samaúma, Rodovia AC-475, zona rural de Acrelândia, no dia 6 de maio. Ambos tinham marcas de tiro na cabeça e estavam caídos às margens do ramal. Equipes das polícias Militar e Civil estiveram no local, isolaram a área e acionaram o Instituto Médico Legal de Rio Branco (IML).
Naézio Santos e o pai, Joaquim Raimundo, foram condenados por homicídio em 2017. Veja detalhes abaixo. Ele morava com o pai em Plácido de Castro, para onde a família se mudou há cerca de dois anos, e Dalberson visitava os parentes na cidade acreana.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/U/U/Bzad0TQTWTBrtSsAkq1w/whatsapp-image-2024-05-06-at-16.20.36.jpeg)
Um dos corpos foi achado ao lado de motocicleta — Foto: Arquivo/Polícia Civil
Na época do crime, a polícia descobriu que as vítimas tinham participado de uma festa na noite anterior. As investigações revelaram que quatro dos investigados foram até a festa, sem ser convidados, para vigiar e avisar os comparsas quando as vítimas saíssem do local.
A polícia não soube informar a quantidade de entorpecentes que sumiu. Segundo o delegado responsável pelas investigações, os criminosos ficaram cobrando o dinheiro da droga por cerca de 40 dias. “Como as vítimas não pagaram, acabaram sendo mortas, inclusive, o Naézio foi ameaçado no dia”, destacou.