Mais de cinco mil búfalos selvagens estão dentro da fazenda Pau D´óleo em uma área de campos naturais, entre a reserva Biológica do Vale do Guaporé e áreas extrativistas, indígenas e quilombolas. Os animais têm causado danos ambientais que a natureza levará décadas para reverter. Diante da gravidade do problema o governador Confúcio Moura determinou que se faça o abate dos animais de forma sustentável.
Confúcio Moura esteve reunido na tarde desta segunda-feira (10), com o coronel Josenildo Nascimento, que esta coordenando o trabalho, com o presidente da Agência de Defesa Agropastoril (Idaron), Marcelo Henrique de Lima Borges e representantes da Embrapa, Batalhão Ambiental de Candeias do Jamari, Delegacia Federal de Agricultura e do Instituto Chico Mendes para discutir as medidas que serão adotadas para começar a abater os búfalos selvagens que vivem na fazenda Pau D’óleo que fica dentro da reserva biológica do Vale do Guaporé.
O pesquisador da Embrapa, professor Ricardo Gomes Araujo Pereira que pesquisa os búfalos desde 1983 apresentou um projeto de abate dos animais que deverá ser desenvolvido por um período de 10 anos. A meta é abater 540 búfalos por ano, a carne seria transformada em charque e comercializada no mercado interno. Mas antes de iniciar o abate será necessário montar uma infraestrutura para dar suporte logístico na captura dos animais. O trabalho de resgate e abate dos búfalos esta previsto para começar no início de 2012.
A fazenda Pau D´oleo foi criada em 1953, na época foram trazidos da Ilha de Marajó 36 búfalos mestiços da raça carabao, sendo 30 fêmeas e seis machos que foram abandonados no local. Com comida e água em abundância os bichos se reproduziram demasiadamente causando desequilíbrio na natureza, além de serem extremamente selvagens. Os búfalos interferem na reprodução de peixes, aves e tartarugas. Com o abate dos animais o governo do Estado conseguirá fazer o controle ecológico, sanitário e avaliar os impactos negativos.
O representante do Instituto Chico Mendes, Fernando Miguel Tristão que estava representando a coordenadora regional, Rafaela D`Amico, disse que o instituto irá intermediar em Brasília a autorização para que o trabalho tenha início o quanto antes.
DECOM/GOVERNO/RO.
Fonte/Hojerondonia.com