Após alguns dias do início a greve dos servidores municipais de Cacoal foi suspensa por liminar da justiça expedida na última sexta-feira. A resolução se deu após o município entrar com ação contra o Sindicato dos Servidores Municipais (Sindsem) declarando a ilegalidade do movimento. Com isso foi determinada a volta de 100% dos servidores ao trabalho para atendimentos de urgência e emergência e 50% para consultas e outros procedimentos. Conforme o documento, a greve seria ‘aparentemente ilegal’.
O descumprimento da liminar implica em multa de R$5 mil por dia. Na semana passada, quando foi deflagrada a greve, não houve adesão total dos servidores, com isso é possível que nem mesmo os 50% deles tenham parado durante os quatro dias de greve. Apesar das alegações do documento estima-se que nem 50% dos servidores tenham aderido à paralisação. Nos hospitais, apesar de haver atraso em diversos atendimentos, não houve casos graves, nem pacientes mandados para casa.
PCCR
A principal reivindicação dos servidores em greve era pela aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCR), feito há dois anos. Porém segundo o secretário de Saúde, Antônio Masioli, este ano não houve acordo quanto ao plano que não foi encaminhado a Câmara Municipal. “Lamento que a situação do Plano esteja ainda sendo discutido. Melhorias salariais através de planos de produtividade e realinhamento podem ocorrer no próximo ano”, disse. Na sexta-feira pela manhã ocorreu uma discussão entre o Sindsem e o prefeito, a portas fechadas.
ENTENDA A GREVE
O motivo da paralisação é o não encaminhamento do PCCS, que está pronto há mais de dois anos. Conforme alegação da prefeitura, o município não conta com orçamento para os ajustes, nem tem autorização do Tribunal de Contas para gastar mais que o limite da folha. No primeiro dia de greve o presidente do Sindicato, Edimar Rodrigues, disse que não ficaria na rua se não houvesse adesão da maioria dos servidores. Ontem, o Diário tentou contato com o presidente, mas ele não foi encontrado para falar sobre o caso.
Diário da Amazônia
Fonte/hojerondonia.com