JUSTIÇA ELEITORAL VAI OUVIR NA PRÓXIMA SEMANA TESTEMUNHAS DA REPRESENTAÇÃO CONTRA CONFÚCIO MOURA POR ABUSO DO PODER ECONÔMICO

O desembargador Roosevelt Queiroz – Corregedor Regional da Justiça Eleitoral de Rondônia – e relator da representação de abuso do poder econômico contra o governador eleito Confúcio Moura (PMDB) vai ouvir na quinta-feira da próxima semana várias testemunhas envolvidas no caso, dentre eles policiais militares e servidores do Hospital do Câncer, em Porto Velho.

A procuradora da República em Rondônia Gisele Dias Bleggi pediu a cassação do diploma de Confúcio e seu vice Daniel Pereira, alegando uso da máquina governamental na campanha eleitoral de reeleição, como coação de servidores comissionados, distribuição indiscriminada de alimentos e bebidas na convenção e uso de logomarca do hospital de câncer em benefício dos então candidatos.

Na denúncia, a procuradora relata que no dia 5 de agosto, a 2 meses das eleições, a carreta com a logomarca identificando a gestão do Governo da Cooperação foi estacionada em frente a unidade de Saúde Agenor de Carvalho e lá estiveram presentes a vereadora Ana Negreiros, que disputou a cadeira de deputada estadual, e o governador Confúcio Moura, cumprimentando as pessoas durante o atendimento.

No mesmo dia, a Rede TV de propriedade do senador reeleito Acir Gurgacz – que disputou a reeleição na mesma chapa de Confúcio – deu ampla publicidade da carreta, sua logomarca, favorecendo o candidato governista. O veículo percorreu, segundo a Procuradora Eleitoral, a Vila Princesa, Ronaldo Aragão, Nova Floresta, Caladinho, Pedacinho de Chão, Agenor de Carvalho e várias outras policlínicas.

“….Percebe-se que o desenvolvimento do projeto de prevenção do câncer na Unidade Móvel se deu exclusivamente no período eleitoral. Esteve dois meses na frente do hospital de Câncer de Barretos em Porto Velho e a partir de 80 dias das eleições, do dia 11 de abril a 6 de junho, fizeram atendimentos nos bairros”, diz a procuradora em um trecho do relatório.

COAÇÃO

Tão grave quanto a acusação de uso da máquina púbica para benefício eleitoral foi a possível coação de servidores comissionados para que adquirissem (comprassem) o convite do jantar de adesão e de arrecadação de campanha de Confúcio Moura, realizado na Talismã 21 no dia 29 de agosto.

Um dos que teriam sido coagidos foi o capitão da Reserva André Roberto Azevedo, que, acabou sendo exonerado do cargo comissionado que exercia na Casa Militar do Governo de Rondônia após se recusar a comprar o convite e manifestar seu voto em favor de outro candidato.

André Roberto faz parte da lista de testemunhas que serão ouvidas na próxima semana. Além dele estão notificados para a oitiva as seguintes testemunhas:

NOEMIA FERREIRA CABRAL, MARIA LIDUINA DE CASTRO REBOUÇAS, IÊDA SOARES DE FREITAS, JOSÉ LUIZ LENZI, WILLIAMES PIMENTEL DE OLIVEIRA, LUIZ EDUARDO MAIORQUIM, MARIA DO SOCORRO RODRIGUES DA SILVA, GLENSE DOS SANTOS CARTONILHO, MAJ PM MAURICIO MARCONDES GUALBERTO, MAJ PM EMANUEL SILVIO CARLOS BEZERRA JUNIOR, MAJ PM JULIO MARTINS FIGUEROA FARIA e MAJ PM CLAUDIO ROBERTO GIFFONI DA SILVA.

No relatório de denúncia da Procuradoria Eleitoral feito ao TRE-RO a procuradora não tem dúvidas ao afirmar de que a aquisição do convite “Pró-Confúcio” se deu por coação. Há notícias de que na Caerd os comissionados estavam sendo forçados a adquirir o passaporte do jantar. Segundo a procuradora, a acusação ganha mais força com a gravação da declaração do vice de Confúcio, Daniel Pereira (PSB) que  diz o seguinte: “A CONTA É SIMPLES: SE O CARA TEM CARGO COMISSIONADO NO GOVERNO E ELE NÃO DEFENDE ESSE GOVERNO, NOS NÃO PRECISAMOS DELE. MANDA ELE EMBORA…”.

Autor: O RONDONIENSE

DA REDAÇÃO DO HOJERONDONIA.COM





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