O deputado estadual Luizinho Goebel (PV) usou a tribuna da Assembleia Legislativa, durante a sessão ordinária desta terça-feira (06) para solicitar do Governo do Estado o restabelecimento do serviço de translado de corpos da capital ao interior do Estado.
“Antes, haviam três veículos que faziam esse serviço, mas o Governo suspendeu. Desde então, as pessoas carentes, que tem familiares mortos nas unidades de saúde da capital, precisam bancar o translado do corpo até a sua cidade de origem, isso sem ter condições”, disse Goebel.
O parlamentar disse que as pessoas estão sofrendo em dobro, pois precisam acompanhar os familiares e tentar um atendimento nas unidades de saúde da capital e depois sofrem para levar o corpo de volta.
“É uma situação desumana. As pessoas simples, num momento de grande dor e angústia, ainda precisam resolver essa questão tão triste: o translado do corpo do ente querido até a cidade de origem”, completou Goebel.
Presidente da Comissão de Constituição Justiça e Redação da Assembleia, Luizinho Goebel informou que convocou representantes da Secretaria Estadual de Saúde, para comparecerem na próxima terça-feira (13), para explicarem aos deputados que medidas podem ser tomadas para minimizar o sofrimento das famílias.
Em aparte, o deputado estadual Neodi Carlos (PSDC) disse que é lamentável que esse fato esteja ocorrendo. “Além da falta de atendimento, as pessoas ainda sofrem sem ter como levar o corpo de seu familiar. Isso é falta de humanidade e acredito que o governador Confúcio Moura não tenha conhecimento desse fato revoltante”, afirmou.
Goebel denunciou ainda que a falta do serviço acaba favorecendo a atuação criminosa de algumas funerárias. “Tem gente se aproveitando para faturar em cima dessa situação angustiante, forçando que as pessoas assinem promissórias e documentos, assumindo dívidas enormes, para poder levar o copor do seu parente ao interior”, denunciou.
O deputado Adelino Follador (DEM) relatou em aparte uma caso que aconteceu no último final de semana, quando uma senhora de Jaru faleceu no HB, após complicações de uma cirurgia e o seu marido, um simples produtor rural, assinou uma promissória, no valor de R$ 10 mil, para o translado do corpo. “Foi um abuso, pois o serviço prestado, não custaria nem R$ 3 mil. Tiveram que fazer uma vaquinha para pagar o translado”, contou.
Luizinho Goebel concluiu dizendo acreditar que o governador vai rever a decisão da Sesau e determinar a retomada do serviço.
Eranildo Costa Luna.
REDAÇÃO/HOJERONDONIA.