MÃE ACUSA NAMORADO DA FILHA POR MORTE VIOLENTA

Ao sair com namorado, Jackeline prometeu voltar para casa dos pais. Suspeito tem histórico de violência e brigas causadas por ciúmes…

Um beijo na mãe e um abraço no pai foram os últimos gestos de Jackeline Naiara Costa Guedes, de 29 anos, antes de atender ao chamado do namorado e, como sempre acontecia, saiu apressada para encontrá-lo no portão de casa. “Minha filha, você está bem?”, perguntou a mãe, Maria das graças. “Ela disse que estava feliz, mas ia apenas buscar seus pertences para voltar a morar com a gente”, relatou a mãe.

O namorado, por quem Jackeline era apaixonada, jamais frequentou a residência da família e continua sendo o principal suspeito de matá-la por estrangulamento antes de amarrá-la e torturá-la, na madrugada de domingo (27). O corpo foi encontrado num terreno abandonado, na Avenida José Amador dos Reis, no Bairro Cascalheira, Zona Leste de Porto Velho.

“Meu coração não se engana. Foi ele. Tenho certeza absoluta”, afirmou a mãe no velório da filha, que era irmã de um jornalista de Porto Velho. Familiares entregaram à polícia a camisa cor de vinho que Cleber usava quando foi buscar a namorada, encontrada no local do crime. A roupa é vista na gravação de um vídeo feito pelo circuito externo de uma casa ao lado da residência onde moram os pais de Jackeline.

O casal se conheceu no carnaval de 2013 e, em 12 meses de relacionamento, moraram juntos e se separaram por duas vezes. “Ela chegava em casa cheia de hematomas, mas sempre arrumava desculpas. Uma hora dizia que se machucou no ventilador, noutra ela dizia que foi no banheiro”, conta a mãe da vítima. O irmão do namorado da vítima cumpre prisão em Ariquemes por ter matado a esposa.

Investigações

A delegada de combate a homicídios, Leisa Loma, ouviu o suspeito, que argumentou ter ido buscar a namorada para levá-la a um aniversário. O local da festa é distante e o acesso, precário, próximo do terreno onde o corpo da mulher foi encontrado. Em depoimento, o suspeito disse que a namorada havia sumido, e não soube explicar as razões para ter sido deixado sozinho na festa. Esta afirmação deixou familiares da Jackeline bastante insatisfeitos, aumentando as suspeitas de que o crime teve motivação passional. O suspeito, no entanto, foi liberado por falta de provas.

A delegada agendou para a noite desta segunda e a manhã desta terça (28) o depoimento de cinco testemunhas chaves, dentre elas dois rapazes que deixaram a festa por último e uma vizinha que teria ouvido gritos de uma mulher por socorro, na madrugada de domingo. A expectativa do jornalista, irmão de Jackeline, é que a polícia construa um conjunto de provas suficientes para o pedido de prisão preventiva do suspeito.

Assem NetoDo G1 RO

REDAÇÃO HOJERONDONIA.COM

 





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