“Em Rondônia o desmatamento está aumentando! Como você explica tudo isto?. Cadê o seu Governador!?”, bradou a ministra, conforme relato do próprio Confúcio…
O governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), demonstrou, mais uma vez, que é fraco, subserviente e se amedronta facilmente diante de qualquer um que fale mais alto do que ele.
Em seu blog, o governador relatou um episódio ocorrido com a secretária estadual do Meio Ambiente de Rondônia, Nanci Rodrigues, e a ministra da área, Isabella Teixeira.
“Não há nada que nos fere mais e nem nos humilha do que a palavra DESMATAMENTO. Nanci foi à Brasília. Ela é a nossa Secretária de Meio Ambiente. Entrou sorridente, como sempre, no Gabinete da Ministra Isabella, para audiência. Foi recebido (sic) de pé e aos brados, pela Ministra do Meio Ambiente. Na frente de mais gente. Ficou rubra que nem menina faltosa. Sem entender tudo aquilo. ‘Rondônia – desmatamento está aumentando! Como você explica tudo isto?. “Cadê o seu Governador’. Ainda bem que eu não estava por lá. Já passei da idade de receber pitos”, relatou o governador, incapaz de esboçar qualquer reação ao tratamento descortês dado pela autoridade federal à secretária estadual de Rondônia.
Desmoralizado nacionalmente, o máximo que Confúcio fez foi divulgar o episódio em seu blog, como se a descompostura passada pela ministra na secretária Nanci fosse a coisa mais natural do mundo.
O governador foi incapaz de emitir sequer um protesto contra o tratamento humilhante dispensado pela arrogante e prepotente ministra à secretária rondoniense. Nem uma palavra de censura, uma carta de protesto à presidenta Dilma; nada, só um simples relato num blog, e ainda agradecendo a Deus por não ter estado presente à humilhação pública de Nanci. “Ainda bem que eu não estava por lá. Já passei da idade de receber pitos”, disse um acovardado “chefe” do Poder Executivo Estadual rondoniense.
Leia a íntegra do texto postado pelo governador em seu blog:
SABADARI
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Postado por: Admin | 23 julho , 2011 | No Comments »
1. Hoje é sábado, mais um dia como outros tantos, que é meio trabalho e meio descanso, no movimento do universo ele não existe, porque de tão grande e ritmado não há medida do tempo. Mesmo assim, nos iludimos com ele e cremos no sábado como um dia especial, mesmo não existindo, continua sendo, um dia de crença das nossas criações. E tudo vai rolando grande numa eternidade indiferente, enquanto pequeno é o homem.
2. Em Ariquemes é assim mesmo, tudo inicia ou termina com ARI. Até o sábado muda o seu jeito. O nome veio de tribos indígenas, que não existem mais índios. Dizimados ou expulsos desapareceram. Ficou o nome, a marca – ARIKEMI, que não nos basta, mas, ficou o nome que os encanta.
3. Não há nada que nos fere mais e nem nos humilha do que a palavra DESMATAMENTO. Nanci foi à Brasília. Ela é a nossa Secretária de Meio Ambiente. Entrou sorridente, como sempre, no Gabinete da Ministra Isabella, para audiência. Foi recebido de pé e aos brados, pela Ministra do Meio Ambiente. Na frente de mais gente. Ficou rubra que nem menina faltosa. Sem entender tudo aquilo. “Rondônia – desmatamento está aumentando! Como você explica tudo isto?”. “Cadê o seu Governador”. Ainda bem que eu não estava por lá. Já passei da idade de receber “pitos”.
4. É neste nível que a coisa está. Dois caminhos o Estado tem que seguir: deixar a coisa frouxa, invasão e mais invasão de unidade de conservação.Furto de madeira em reserva e a gente deixar, fingir que não vê nada e pau rolar. Também o mundo se fechará sobre nós. E nada virá pra nós. Ficaremos bloqueados econômicamente e politicamente. Um bloqueio federal e mundial. Quase que nem Cuba. Ou o Estado age na forma da lei, cumpre o seu dever ou cederá o seu poder conquistado gradualmente por leis delegadas e concorrentes para as instituições federais: Polícia Federal, Guarda Nacional, Exército, IBAMA, Fundação Chico Mendes, ONGS e Governo Federal. Aí a conversa será outra. Algema. Prisão. Multa impagável. Bloqueio de municipios.Jornal Nacional e demais mídias. O Estado será considerado “terra sem lei” ou “terra de ninguém”. É isto que o Estado quer?
5. Não. E não.
6. Por isto estou agindo. Sou eu mesmo, minha gente, com a SEDAM, Polícia Militar, Policia Florestal, apoio da Força Nacional e outras forças federais. Sou eu mesmo, o dito cujo Confúcio, como o pai diante do filho, “exemplando” o menino. A dor será menor. Comigo a dor será menor. É a palmada do pai. A gente chora, remói, mas, não guarda mágoa. Sou eu mesmo, amigos que estou agindo e vou agir ainda mais duro para conter o desmatamento no Estado.
7. Rondônia não precisa derrubar mais nenhuma árvore. Só aquelas concedidas mediante projetos de manejo. Na forma da lei. Sem secanagem. Sérios. Podem parar! Não me venham com espertezas, em nenhum lugar do Estado. Multa eu não retiro. Invadiu área de reserva tem que sair. Entrou em reserva estadual ou federal para tirar madeira sem permissão – a madeira será apreendida e o caminhão preso. Ordem minha.
8. Não quero mais passar vergonha. E nem Nanci. E nem ninguém. É melhor que eu cumpra o meu dever. Ser de fato governador. Não uma figura decorativa vendo a “vaca ir pro brejo” e o Estado cair na lista negra do desmatamento.
9. O que eu posso dizer para todos é que tem espaço para o trabalho sério. Dá para todo mundo trabalhar. Ganhar dinheiro e gerar emprego. A indústria madeireira é bem-vinda em meu governo. Sou defensor da exploração madeireira racional e organizada. Sem problema nenhum. Tem muita madeira para ser beneficiada. E todos os empresários sérios podem contar comigo. Vou agilizar na SEDAM os procedimentos de manejo. A Secretaria ainda está desfalcada de gente. Vou me mexer para acreditar profissionais, como fazem Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Como também faz o SUS credencia serviços de terceiros, nas funções “meios”, para ajudar a fila de processos, licenciamentos andarem.
10. Vamos debater o tema no CREA e com a Associação de Engenheiros Florestais do Estado, dos biólogos e demais técnicos para encontrarmos juntos alternativas para que os processos andem com previsibilidade.
11. Deixe-me esclarecer bem um tema que tem irritado a Justiça e o Ministério Público. A SEDAM tem como base de trabalho gente com cargos comissionados. Foi a herança que recebi. Eu também não concordo com isto. Acho um verdadeiro absurdo. Mas, para que eu abra o concurso público necessito de lei. Do Plano de Cargos e Salários. É o que mais desejo. Já falei neste assunto aqui.
12. Prazos para que tudo aconteça. Vamos fazer contas. Entre setembro e outubro tenho condições de enviar à Assembléia Legislativa o Projeto de Lei proponto o Plano de Cargos e Salários da SEDAM. O Projeto será lido e discutido na Assembléia. Não posso aqui estipular prazos para os debates e votações. Ela tem o seu regimento e velocidade própria. É um poder independente. Outro poder, não pode e nem deve interferir.
13. Aprovado o PCCS aí sim posso abrir o concurso. Tem prazos para contratar a empresa concurseira. Talvez 90 dias. Em casos de registros de preços ainda em vigor pode sair mais rápido. Muito bem. Vem os prazos de inscrições, as provas, os recursos, os aprovados, que serão convocados. Cada um tem 30 dias para se apresentar. Pode pedir mais prorrogação. Veja bem, desta forma, pode pegar a máquina calculadora. Tudo correndo às mil maravilhas, a SEDAM terá gente nova e efetiva no quadro, a contar de outubro, no final do ano 2012. Até lá vamos trabalhando com os emergenciais, CDS e os poucos efetivos existentes e se tudo de bom acontecer e for conveniente poderemos “credenciar” serviços de terceiros para nos ajudar enquanto não vem os novos aprovados e empossados.
14. E tem mais um detalhe – feito tudo isto, cidadão aprovado no concurso, convocado e empossado virá o período de treinamento. Devido a especificidade técnica creio que estará habilitado para ir a campo depois de 90 dias de uma maratona de capacitação.
15. Veja bem – tudo isto só acontecerá, nos prazos citados, se os ventos estiverem a favor do Estado. É a lei.
Obs.: amanhã vou falar das cadeias rondonienses.
Hojerondonia: