“Poderíamos ter analisado o impacto antes. Mas, não fizemos”, disse a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes, ao reconhecer que estratégias poderiam ter sido tomadas pelo Governo Federal, para prevenir o crescente índice de violência sexual contra crianças e adolescentes, atualmente vivenciado pelos distritos de Porto Velho, próximo as construções das usinas hidrelétricas do rio Madeira.
Em visita a Porto Velho, nesta segunda-feira (22), durante o encontro nacional “O Impacto das Grandes Obras e a Violação de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes – Desafios para Prevenção da Violência Sexual”, a ministra se comprometeu a articular em Brasília, o fechamento dos prostibulos ao redor da rodovia, principalmente no distrito de Jaci-Paraná.
No entanto, pediu para que o Comitê Municipal de Enfretamento a Violência Sexual, prepare estruturas para acolher as crianças, adolescentes e mulheres que são usadas e/ou atuam nas casas de prostituição. “Essas pessoas não podem ser abordadas com violência. É importante que seja separado os exploradores dos explorados”, ressaltou.
Maria do Rosário falou ainda sobre a importância dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centros de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS) e da recuperação dos conselhos tutelares, que atualmente esta caindo em descrédito com a população.
Ao final da cerimônia, autoridades públicas, dos âmbitos federais, estaduais e municipais assinaram a Carta de Porto Velho, que trás 10 itens para o enfretamento a violência sexual contra crianças e adolescentes nas grandes obras e grandes eventos. Um plano de ação local também será elaborado pelo Comitê Nacional e Municipal de enfrentamento.
Autor : Imagem News.com/Foto:Eliênio Nascimento/Imagem News
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