O inverno amazônico cumpre incólume o seu período no cone sul. São raros os dias em que não chove na região e os rios começam a deixar seus leitos. Entre eles o Rio Guaporé, o Santa Cruz, o Rio Arara, estes dois últimos, afluentes piscosos do maior rio que integra a bacia de Rondônia na fronteiras com a Bolívia.
Em anos anteriores o acesso a Pimenteiras, a cidade que faz fronteira com a Bolívia, era um tormento. Pela primeira vez não é mais. É o resultado do projeto Estradão do governo do Estado que revestiu com cascalho toda a extensão dos 40 quilômetros de chão que restam para que todo cone sul seja interligado por vias pavimentadas. As obras de vazão da água complementam e sustentam a trafegabilidade.
A antiga RO 399 é hoje a BR 435. Embora federalizada, é o governo estadual que está garantindo sua manutenção. O resultado desse acesso facilitado provoca uma nova realidade para a Pimenteiras, a “Cidade Verão”, acostumada a receber pescadores e turistas somente no período da seca e ao fim do “Defeso”, em meados de março, quando a pesca volta ser permitida. Agora já é possível encontrar várias pessoas curtindo os finais de semana em Pimenteiras, passeando de barco no Guaporé ou simplesmente em saraus na cidade. É o resultado de uma BR conservada que apesar das fortes chuvas continua dando acesso seguro a uma das últimas fronteiras de Rondônia.
Autor e Foto/Vitor Paniagua/hojerondonia.